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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Desempregados e doentes vão ser os primeiros a pagar os 1300 milhões que o Governo tem de cortar

  Os doentes e os desempregados vão ser os primeiros a sofrer pelas más contas do Governo, que previa 1300 milhões de euros em receitas inconstitucionais. A proposta para redução da despesa pública já terá sido apresentada por Vítor Gaspar ao Ecofin, adianta o Dinheiro Vivo.
O Governo já terá apresentado uma proposta aos parceiros europeus para repôr os 1300 milhões de euros considerados inconstitucionais. Segundo adianta hoje o Dinheiro Vivo, os desempregados e os doentes vão ser os primeiros a pagar pelos erros nas contas de Vítor Gaspar.
Na reunião de ontem do Ecofin, o ministro das Finanças terá apresentado aos congéneres europeus uma  solução que passa, em primeira instância, por cortes nos cerca de 419.360 beneficiários de subsídios de desemprego e dos 94.840 beneficiários de subsídios de doença.
Em causa estão 1300 milhões de euros que o Governo previa de receita, mas cujas normas no Orçamento de Estado foram chumbadas pelo Tribunal Inconstitucional. De acordo com o primeiro-ministro, essa verba será reposta com duas ‘tranches’ de 600 milhões de euros, uma na redução da despesa dos ministérios e a outra com cortes nas funções ociais do Estado e nas empresas públicas.
“O que foi dito no Eurogrupo e no Ecofin foi que a composição das medidas substitutivas terá que ver com o redesenho de uma medida que o Tribunal Constitucional considerou não preencher os requisitos constitucionais e tem a ver com contribuições sociais pagas pelos beneficiários de subsídio de desemprego e de doença”, explicou o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, após o primeiro dia do encontro do Ecofin, em Dublin (Irlanda).
O Governo pretendia tributar em cinco por o subsídio de doença e em seis por cento o subsídio de desemprego, reduzindo a despesa do Estado em 150 milhões de euros, só que o Tribunal Constitucional destacou a falta de um “limite mínimo” que salvaguardasse as prestações mais baixas. O chumbo ao Orçamento será assim contornado, afiança o DV, com normas semelhantes mas que incluam os ‘mínimos’ exigidos.
Serão essas medidas que Vítor Gaspar vai apresentar à troika, quando esta desembarcar em Lisboa, na segunda-feira, para uma visita intercalar. “Iremos substituir as medidas inviabilizadas pelo Tribunal Constitucional de duas maneiras. Primeiro, com um esforço adicional dos programas orçamentais de cerca de 600 milhões. Outros 600 milhões virão de medidas que serão antecipadas de 2014 para 2013”, explicara Passos Coelho, ontem.
O primeiro-ministro, contudo, foi evasivo sobre o modelo dos cortes nas funções sociais do Estado. Para o Jornal de Negócios, uma das medidas será uma taxa social única sobre todas as reformas, enquanto a TSF antecipou um aumento da idade da reforma para os 67 anos.
«PT»

1 comentário:

Anónimo disse...

Justiça "Forças superiores" livram Isaltino da prisão
O vice-presidente da Transparência e Integridade – Associação Cívica, Paulo Morais, comenta, em declarações ao Jornal de Notícias (JN), que “só se compreende que Isaltino não seja preso porque existem, acima da Justiça, outro tipo de forças superiores”.

Com vêem não é só os políticos dos partidos que gozam de impunidade,há independentes que também tem esse privilégio.