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sexta-feira, 1 de março de 2013

O povo odeia os políticos... e a esquerda?


Políticos? São todos iguais!” 
É esta a opinião da maioria. 
Podemos indignar-nos com a abusiva generalização deste desabafo. Mas a generalização dos abusos que geram este sentimento é que deve indignar a esquerda. Perceber que essa raiva social é um sinal da desilusão massiva com a falsa democracia que nos rege é necessário, para saber canalizar a indignação popular para uma luta consequente.
Porque se indigna o povo?
Num momento em que os salários são cortados, dos bolsos dos contribuintes saem mais de 9 milhões anuais para pagar reformas douradas, e os administradores de empresas como Carris e CP - e não os seus funcionários - recebem acima de 6 mil euros por mês, e o dos CTT, o dobro. Os casos obscuros que envolvem os principais políticos – os submarinos de Portas, a licenciatura de Relvas ou o Freeport de Sócrates – são incontáveis. Quem impõe os cortes não sofre com eles e essa injustiça traz milhares para a luta.
BPN: privilégios e impunidade!
O caso BPN talvez seja o mais ilustrativo. Recentemente, o semanário Expresso provou que os amigos e ex-ministros de Cavaco Silva “não estão a pagar o que devem”. Além de se negarem a pagar dívidas que foram asseguradas pelo erário público – por exemplo Arlindo de Carvalho, ex-ministro de Cavaco, tem “59,5 milhões em incumprimento” – sete dos responsáveis pelo descalabro têm hoje cargos na Parvalorem, a sociedade pública que gere as dívidas do BPN!
Por exemplo, Luís Pereira Coutinho, que analisava as garantias dos grandes clientes do BPN, aqueles que nunca pagaram, é hoje quem analisa o risco na Parvalorem! Já dos 12 principais acusados do caso BPN, nenhum foi parar à prisão.
Quem é a “classe política”?
É esta a “classe política” que o povo odeia. Os que saltam dos governos para as administrações – Miguel Cadilhe, das Finanças para o BPA, Braga da Cruz, da pasta da Economia para a EDP, Mira Amaral, dos governos do Cavaco, para o BPI e agora o BIC, entre centenas de outros… - os que vivem do erário público, como o Grupo Parlamentar do PS, que “só” gastará 210 mil euros em automóveis, ou Sócrates, Portas e Relvas, impunemente atolados em negócios ruinosos para o estado. É claro que, sociologicamente esta não é uma classe, mas uma espécie de casta privilegiada que governa o país em nome da classe exploradora.
Ódio popular à “classe política” é positivo
“Criminalização de todos os políticos” dizia uma faixa levada por cidadãos anónimos, no 15 de Setembro. Se levarmos à letra o que diz acharíamos um disparate populista. Mas seria cegueira não ver que a população quer ver julgada a elite que levou o país à miséria. Quer acabar com a falsa democracia em que vivemos e retornar ao projeto de Abril. E, como em 1974, exige um saneamento nas altas esferas do estado. Isso é justo e ajuda a luta a avançar. Por isso, o MAS ataca os privilégios dos políticos e defende prisão para quem roubou o país.
Manuel Afonso
Noticia relacionada:
""Desilusão e revolta" saem à rua este sábado": 

11 comentários:

Anónimo disse...

O Mário Peixinho não merecia um medalha da Liberdade?

Anónimo disse...

A Clara Pinhão mão merecia a medalha da Liberdade?

Anónimo disse...

A Srª Maria Avelino (viúva do Sr. João Sanfona)não merece uma medalha da Liberdade?

Anónimo disse...

Eu acho que havia muita gente que merecia a medalha da liberdade, não poderá é ser tudo no mesmo ano, penso eu.

Anónimo disse...

Se não é tudo no mesmo ano então porque nos anos anteriores sempre proporam nomes de camaradas e este ano proporam apenas dos Aguias e da Musica. E porque foi só o PS que apresentou o nome de uma pessoa do Senhor Dr Herminio.

Anónimo disse...

E se deixassem a politica de parte e começassem a atribuir medalhas a quem cria emprego e riqueza?
Ninguém vive com as glórias do passado, mas perante os duros tempos do presente.
Respeitem-se os mortos, mas não se esqueçam dos vivos.
Esses é que são os verdadeiros heróis.

Anónimo disse...

Há muitos vivos ainda que mereciam essa medalha. Fico triste por só terem atribuído a alguns que lutaram em prol da liberdade e se tenham esquecido de muitos outros.
Tenho pessoas na família que lutaram mais do que o João Pinto e também são do partido. Porque se esqueceram dos outros ?

Anónimo disse...

Depois das eleições de Outubro não irei esquecer todos estes ataques fascisantes contra o poder local e depois eu responderei a esse esperto seja ele comunista ou não, que eu tenho cá um palpite quem é, que diz que responder a esta escumalha não ajuda nada, Mas lá diz o velho ditado Quem cala consente.E eu não consento tanta aldrabice e difamação venha de onde vier. muito menos dos OPORTUNISTAS que vem à luta para seu proveito esquecendo os mais pobres. ESPERO QUE ESTE COMENTÁRIO SEJA PUBLICADO NA INTEGRA. SABEM QUEM EU SOU, Eu responsabilizo-me pelo que digo.

Anónimo disse...

Sabes por quantas prisões passou o João Pinto? Não digas asneiras a pessoa que faz bem , NÃO OLHA A QUEM. E não o faz por medalhas. Faz, simplesmente por um IDEAL, por uma CAUSA mas isso tu não sabes o que é , porque provas aqui que tudo o que fazem é por OPORTUNISMO de uma medalha, tão pobrezinhos de mentalidade.

Vital Ferreira disse...

Era para parar por aquí. Mas vou continuar a bater-me contra tudo que é na minha opinião injusto.Há por aí muita gente que MERECEM UMA MEDALHA. Mas a maioria merecem uma de lata.Agora fala-se tento no João Sanfona, mas, eu não sei o que ele fez para merecer o nome numa rua ou uma medalha, afinal o que é que ele fez por Alpiarça?... Foi militante do PCP, mijou no pinico do MRPP. É por isso que ele merece uma medalha? Desculpem peço que me informem alguma outra coisa que eu não sei: Talvez por ter falado nos interregatórios da PIDE? ( BUFOU)?
Eu não acuso o João de nada apenas me surpreende o darem-lhe um nome de rua. MERECE?

O VERDADEIRO VELHINHO disse...

À pessoa que se assinou pelo velhinho: não é o comentário que o senhor fez que me incomoda, cada um é livre de pensar o que quer, mas sim assinar-se como sendo o VELHINHO e não é pois sou eu,para o meter em confronto com as pessoas em questão. assine o seu nome e depois terá democraticamente uma resposta.