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quarta-feira, 13 de março de 2013

NETO DE PESCADOR EXPLICA: "Algum de vocês assistiu no meio de uma cheia como corre a corrente?"

Há um ditado que diz: QUEM SABE DA TENDA É O TENDEIRO. 



O meu avô ( já falecido) foi dos primeiros pescadores a aparecer naquelas redondezas, veio de Vieira de Leiria, para onde eu voltei agora. A primeira barraca que ele lá fez foi de água abaixo (1938) depois até 1949 foram mais duas, mas era normal não estavam atadas a nada estavam simplesmente em cima de estacas. 
Depois mais tarde meu pai arranjou um fundo de cimento com ferro e atou a barraca com varguinha isto de 1950 a 1960 e nunca mais barraca nenhuma abalou mas ele disse-me que tinha uma casa na vila arrendada para em caso de cheia fugir de lá.
 A partir de 1960 poucas foram as cheias chamadas grandes para correrem mesmo perigo de tudo partir era preciso que a água chegasse à rua José Relvas ou ao Jardim Municipal, antigamente dizia-me o meu pai a maior chegou ao posto da guarda nos anos 40.
O maior problema não está em as barracas abalarem com as cheias, mas sim como cuidar delas nos 15 a 20 dias que dura a vazar por completo uma cheia dessas.
 Algum de vocês assistiu no meio de uma cheia como corre a corrente?
 Mas eu já com a minha irmã , o meu pai e mãe nos anos 55-60 na minha adolescência 
 Sou filho e neto de pescadores e acho muito bem que requalifiquem aquele local e não só..
Havia também uma família de pescadores ao pé da Quinta da Goucha e a viúva ainda aí está viva para o testemunhar e outras no Toco, o que é que pensam fazer a estas? 

Noticia relacionada:
 "JOÃO SERRANO: "As cheias e o dono dos terrenos..."...": 

3 comentários:

Anónimo disse...

E não só. Há soluções de engenharia que permitem consolidar as construções.
Se assim não fosse, o que seria dos pilares da ponte D.Luís e de todas as outras pontes?
Até a ponte de Entre-os-rios, caiu o tabuleiro, mas os pilares mantêm-se firmes.
E não se pode comparar a força do Tejo com a do Douro...
Mas, como está no programa sob a qual a CDU se candidatou, acredito que nos próximos meses haverá uma justificação que não passe pelas "dividas herdadas".
Ainda faltam uns meses.

Anónimo disse...

Possivelmente como fizeram ás da Aldeia Piscatória da Torrinha - Alpiarça, que Foram todas queimadas.

Anónimo disse...

Para quem não conhece: Quando a água de uma cheia galga ou corta o " DIQUE DOS VINTE, galga da alameda para os campos de Alpiarça ficam todos os caminhos dos campos cortatados e só se poderá ir ao Patacão de barco. Que eu saiba à mais de 20 anos que a água da cheia não corta o Dique dos vinte.Mas não quero dizer que um ano desdes não venha ao Ribatejo uma cheia RECORD. E é para essa hipótese que devemos estar acautelados.