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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

ÁGUAS DO RIBATEJO ALERTA PARA VENDA AGRESSIVA DE “FALSOS” PURIFICADORES DA ÁGUA


Entidade Reguladora, Direcção Geral de Saúde e Quercus aconselham consumo da água da torneira
A ÁGUAS DO RIBATEJO tomou conhecimento que várias empresas que comercializam sistemas, alegadamente, “purificadores” de água para instalação em torneiras domésticas, estão a promover campanhas agressivas de marketing com recurso a argumentos falsos e alarmistas.
As campanhas que decorrem agora com maior incidência no concelho de Torres Novas recorrem a dados falsos sobre a qualidade da água que abastece os cerca de 50 mil habitantes do concelho.
Segundo relatos que nos chegam de clientes, utentes e autarcas, essas empresas alegam que a água que servimos na região é de má qualidade e sugerem fazer demonstrações nos domicílios dos utentes contactados.
Nessas demonstrações são usados reagentes que alteram a tonalidade, o sabor e outras características da água, convencendo desde modo que pode estar em risco a saúde dos consumidores.
A ÁGUAS DO RIBATEJO, corroborando uma posição reafirmada pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e pela Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA) reitera a sua posição sobre a utilização deste tipo de “purificadores da água”, na sequência de outras já anteriormente veiculadas.
Estas empresas vendem sistemas de filtros que dizem melhorar a qualidade da água, mas que, ao invés, transformam a água distribuída num produto não aconselhável ao consumo humano, deficitário em sais minerais, essenciais à saúde humana (cálcio, ferro, magnésio, sódio e potássio).
A maior parte destes aparelhos utiliza processos de osmose inversa ou de permuta iónica, que removem os sais dissolvidos da água. Uma das “demonstrações” geralmente levadas a cabo na casa do consumidor ou nos estabelecimentos comerciais é a da electrólise da água, que consiste na separação dos compostos químicos existentes na água através da corrente eléctrica.
Importa, mais uma vez, salientar que as concentrações de compostos químicos na água para consumo humano têm de cumprir os valores paramétricos estipulados no Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de Agosto, que rege a qualidade da água destinada ao consumo humano.
Refira-se que esses valores paramétricos, foram estabelecidos a nível europeu e em articulação com as recomendações da Organização Mundial de Saúde, tendo por objectivo proteger a saúde humana.
Para a vigilância da qualidade da água as Entidades Gestoras de sistemas de abastecimento de água, onde se inclui a ÁGUAS DO RIBATEJO, executam, de acordo com o estabelecido no referido diploma legal, um controlo de qualidade da água para consumo humano, assim como um controlo operacional nos diferentes órgãos do sistema de abastecimento.
A ÁGUAS DO RIBATEJO assegura que a água distribuída nos sete municípios onde serve mais de 150 mil pessoas é obrigatoriamente controlada por análises rigorosas.
A ÁGUAS DO RIBATEJO reafirma que em 2011, foram realizadas cerca de 8500 análises à água e o nível de não conformidades foi na ordem de um por cento. Todas as situações de anomalias registadas, que foram reportadas à Autoridade de Saúde, foram corrigidas sem que se verificasse qualquer risco para a saúde pública.
O Director-Geral de Saúde defende o consumo de água da rede. Francisco George emitiu um despacho para que a água da torneira substitua as garrafas em reuniões e eventos e também para promover o consumo de água da torneira junto de todos os "funcionários, colaboradores e visitantes".
O Director-Geral de Saúde afirmou que a água da torneira é de excelente qualidade, permite reduzir os resíduos (plástico, vidro e metais usados nas águas engarrafadas), e é muito mais barata.
O presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública aconselha o consumo da água da torneira e diz que ele próprio tem estimulado a ingestão de água das redes públicas.
A ERSAR garante que os incumprimentos registados, que não chegam a atingir dois por cento nas análises realizadas em todo o País, “não têm impacto na saúde humana”.
Também a Quercus aconselha o consumo de água da torneira. Quando se sentir o sabor a cloro, usado para desinfectar a água e proteger os consumidores, os técnicos aconselham que se deixe a água num jarro ou copo para que o cloro possa evaporar-se e depois pode consumir-se com um sabor normal e sem qualquer consequência para a saúde.
Perante as suspeitas indiciadas nos métodos utilizados por algumas empresas vendedoras de sistemas de purificação da água, as autoridades competentes estão a investigar as denúncias de alguns consumidores.

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