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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Economia paralela vale mais de 40 mil milhões de euros


A economia paralela em Portugal valia 24,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010. São mais de 40 mil milhões de euros que não passam pelo fisco e que representam um crescimento de mil milhões de euros (2,5%) em relação a 2009, altura em que a economia subterrânea representava 24,2% do PIB.
A conclusão consta de um estudo da Faculdade de Economia da Universidade do Porto que será apresentado esta segunda-feira e que mostra que em Portugal a dimensão da economia paralela é superior à da média da Organização para a Cooperação eo Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é inferior a 20%.
Por cada cem euros transacionados de forma legal, cerca de 25 aconteceram na economia paralela, aponta o estudo.
As razões para estes números estão no "aumento dos impostos indiretos", "aumento do consumo do Estado" e "aumento da taxa de desemprego", nota o autor do estudo, Óscar Afonso, ouvido pela TSF. As consequências são uma concorrência empresarial "distorcida e uma maior incerteza na estabilização da economia, uma vez que as políticas económicas estão fundadas em indicadores que, por via da economia não registada, estão enviesados, o que pode levar a efeitos económicos desajustados, afirma o autor.
Com a subida do IVA para 23% na restauração, a situação pode aumentar. "A menos que acontecem outras medidas que contrabalancem o aumento do IVA. "O negócio sem fatura torna-se mais rentável", considera.
«DN»

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