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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O salário mínimo pode não aumentar para 500 euros, como estava previsto

 O Governo quer voltar a discutir o assunto com patrões e sindicatos, já esta quinta-feira, na concertação social. José Sócrates lembra que o quadro económico mudou
Patrões, sindicatos e Governo voltam a sentar-se à mesa das negociações e a reunião promete polémica. Os patrões pedem o congelamento do salário mínimo em 2011. Os sindicatos nem querem ouvir falar em tal coisa. O Governo admite que pode não ser possível aumentar o ordenado mínimo para 500 euros.
Em 2007, Governo, sindicatos e patrões chegaram a um acordo para aumentar progressivamente o salário mínimo nacional até aos 500 euros. Valor que deveria ser atingido em 2011.
Entretanto veio a crise e com a crise as queixas dos empresários que dizem não terem condições para pagar mais 25 euros a quem recebe actualmente 475 euros.
Este é um dos temas que o Governo quer levar à concertação social e, talvez isso, justifique a presença da ministra do Trabalho e de Teixeira dos Santos em São Bento, esta terça-feira. Mas há mais, Sócrates quer voltar a discutir o código do trabalho com os parceiros sociais, mas promete que não o quer alterar.
O objectivo, diz o primeiro-ministro, é aplicar de forma mais eficaz as leis laborais. Foi isso que prometeu em Bruxelas e nada mais, garante José Sócrates.
«SIC»