Uma das principais bandeiras do primeiro governo de José Sócrates foi a chamada reforma do nosso Estado, o PRACE (Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado). Prometeu-se com grande alarido uma maior racionalização de recursos, um Estado mais eficiente, e poupanças consideráveis na despesa pública. Cinco anos volvidos e sabendo que há uma elevada probabilidade de o excessivo despesismo do nosso Estado nos conduzir a uma grave crise de liquidez (ainda pior do que os problemas de financiamento que hoje se fazem sentir), interessa perguntar: onde está a racionalização dos recursos prometida? Onde estão as poupanças publicamente propagadas? Onde estão as despesas públicas mais baixas? Onde está o combate ao nosso Estado despesista?
Como é evidente, o PRACE não deu azo nem a poupanças significativas, nem deu azo a uma verdadeira reforma da Administração Pública. A verdade é que o PRACE foi (e é) um tremendo fracasso. A prova disso é o despesismo rompante e o inaceitável descontrolo das despesas públicas nos últimos anos. Um fracasso proporcional à propaganda que o rodeou, aliás como aconteceu com o já olvidado Plano Tecnológico. Mais um fracasso colossal na lamentável tragicomédia que foram as irresponsabilidades dos últimos anos.
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