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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dois alpiarcenses (João Céu e Silva e Vanda Nunes) presentes e participativos no programa: "Cidades Solidárias – que Futuro?”,


A Soliadariedade como elemento determinante para uma gestão do território inclusiva e abrangente foi um dos temas em destaque na sessão pública “Cidades Solidárias – que Futuro?”, organizada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT).
Na abertura do encontro, que decorreu em Lisboa, no edifício dos Paços do Conselho, a Presidente da CCDR-LVT, Teresa Almeida, salientou a necessidade de saber envolver os cidadãos nestes processos de solidariedade e a importância que esta postura assume na revitalização, de uma forma pensada e valorativa, de áreas urbanas críticas.
Territorializar as medidas e as acções foi o mote da intervenção do vereador Manuel Brito, que detém os pelouros da Acção Social e da Educação na Câmara Municipal de Lisboa, e que alertou para a necessidade de as políticas desenvolvidas serem adaptadas às pessoas e aos públicos.
A intervenção dos próprios cidadãos na construção de laços solidários no espaço urbano foi também tema da intervenção dos eurodeputados convidados, tendo a eurodeputada Edite Estrela instado à construção de cidades mais humanizadas, com laços de vizinhança estabelecidos e sem desenraizamentos profundos.
Já o eurodeputado Nuno Teixeira vincou que a solidariedade é um dever também entre nações, lembrando que um aspecto importante da função que exerce é, precisamente, garantir um tratamento equitativo entre países europeus.
Edmundo Martinho, Presidente do Instituto da Segurança Social (ISS), no Painel: “Governação de proximidade – a politica social que se impõe?”, demonstrou a grande necessidade em evitar o excessivo localismo nas intervenções para não prejudicar a coesão nacional. Para o Presidente do ISS é importante uma melhor clarificação dos diferentes níveis de responsabilidade, até porque existem concelhos sem escala para serem âncoras de processos de desenvolvimento.
Este painel teve ainda a participação do vice-Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, António Santos Luiz.
A Mesa Redonda – “Cidades Solidárias e Desenvolvimento Sustentável”, moderada pelo jornalista João Céu e Silva, contou com a participação de Paula Guimarães, da Fundação Montepio, que expôs exemplos de intervenções e apresentou a experiencia da instituição, e Henrique Joaquim, Professor da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica, em representação do Centro Paroquial do Campo Grande.
Na sua intervenção, Henrique Joaquim alertou para a educação como serviço ao próximo através do voluntariado e enquanto dimensão fundamental da vida de cada pessoa. Henrique Joaquim introduziu ainda a noção de bem comum enquanto finalidade a desenvolver e a praticar nos mais jovens e com os mais velhos. O docente salientou que é necessário reforçar os mecanismos de solidariedade e de coesão social existentes, tornando-os mais justos e equitativo e, ao mesmo tempo, investir numa racionalidade da economia do dom que garanta a sustentabilidade da nossa vida.
Intervieram também na mesa redonda Gustavo Martins, responsável pelo Empreendedorismo/Iniciativa Bairros Críticos – Operação Cova da Moura, e Guilherme Collares Pereira, Director de Inovação Social da Fundação EDP.
As conclusões da conferência foram apresentadas por Rui Ribeiro, Investigador da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que alertou a assistência para a necessidade de grandes apostas nos serviços sociais e de uma educação orientada para o bem-estar social.
«CCDR-LVT»




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