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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Comissão Europeia obriga Sócrates a aceitar o PEC IV: vai crescer a comparticipação financeira dos utentes


Por: Ramiro Marques

O ministro da economia nega mas ele e o querido líder vão ter de aceitar o Pec IV: vem aí a liberalização dos despedimentos, aumentos brutais nos transportes públicos e o aumento da comparticipação dos particulares na Saúde e na Educação.
Com as taxas de juro da dívida pública a atingirem os 7,4% e as previsões da Comissão Europeia para 2011 a indicarem que o taxa de desemprego atingirá os 11%, o défice será de 4,8% e o PIB diminuirá 1%, o Governo socialista não tem alternativa senão vergar-se ao diktat da Alemanha e da França, acabando por aceitar a intervenção do FMI e do Fundo Europeu de Estabilização Financeira.
Qualquer economista mediano percebe que é melhor para o País contrair dívida ao FMI e ao FEEF a 5,6%, como a Irlanda, a ter de pagar os juros a 7,4% aos credores internacionais.
Mas José Sócrates não quer admitir o falhanço completo dos seus seis anos de governação. Mas vai ter de admitir. E terá de executar fielmente as medidas impostas pelo FMI. A alternativa será a bancarrota total e completa do Estado.
Bem pode Sócrates fingir que é o paladino do ensino e da saúde gratuitas. Não terá outro remédio senão reformar de cima a baixo o sistema de saúde e o sistema de educação, obrigando os particulares a aumentar a comparticipação financeira directa na despesa com a frequência da escola e no acesso aos cuidados de saúde.
Na Saúde, já está a acontecer mas o que aí vem mudará completamente a natureza do serviço nacional de saúde.
Na Educação, está a começar. O Governo atacou primeiro os colégios privados, sobretudo os católicos, mas o que aí vem mudará completamente a natureza do serviço público de educação.
E sempre que os socialistas disserem que são os paladinos da educação e da saúde gratuitas, os portugueses saberão que eles estão a mentir