O Correio da Manhã de hoje publica um artigo com o apropriado título Ministério Lança Caos nas Escolas.
Ao princípio, a percepção de que o ME tem vindo a dedicar-se com grande eficácia a lançar as escolas numa confusão e a impedir que os professores ensinem foi apanágio de apenas meia dúzia de blogueiros não conotados com a esquerda socialista.
Os jornais chamados de referência, mas que eu prefiro apelidar de orientação socialista - isto é, todo os diários com excepção do CM - continuam a passar ao lado desta evidência.
O CM chama os bois pelos nomes e não tem medo das palavras: é de caos que se trata.
O ME deixou de ser o ministério das escolas e é, desde 2006, o ministério dos Magalhães, dos quadros interactivos, dos PTE, da Parque Escolar e da gestão das carreiras dos professores. Em três anos, houve três estatutos da carreira docente e três versões de avaliação de desempenho.
De quando em vez, emite orientações pedagógicas contraditórias para as escolas e vai desviando, com eficácia, os professores daquilo que realmente interessa - ensinar - focando-os num processo de avaliação de desempenho entre pares que chega ao ridículo de colocar uma educadora de infância a avaliar as aulas de uma professora de matemática ou de física.
Na tentativa de salvar um modelo de avaliação de desempenho que ninguém quer e que todos consideram mau, o ME foi ao ponto de desvalorizar completamente a dimensão científica na avaliação dos professores relatores e dos professores coordenadores de departamento.
Isto vai chegar a um ponto em que veremos directores de escolas que não dão aulas há 30 anos a pedirem emprestadas aulas a colegas para poderem ser avaliados por um director regional de educação que também não dá aulas há 30 anos.
Um vexame! Uma pouca vergonha