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sábado, 6 de novembro de 2010

Orçamento pode lançar 30 mil docentes no desemprego, estima a Fenprof

Por: Ramiro Marques
As contas são da Fenprof e têm em consideração os cortes de 800 milhões de euros no Orçamento do Ministério da Educação, a extinção das áreas de projecto e de estudo acompanhado, a obrigatoriedade de os professores bibliotecários leccionarem uma turma, a redução do crédito horário para as escolas, o decréscimo do número de adjuntos do director e de assessores, o encerramento de mais escolas de pequena dimensão e a criação de mais mega-agrupamentos.
A Fenprof distribui, da seguinte forma, os cortes nos horários de professores:
Perda de 5400 horários com a extinção das áreas de projecto e de estudo acompanhado.
Perda de 5200 horários com a redução do crédito horário das escolas e obrigatoriedade de leccionação de uma turma pelos docentes bibliotecários
Perda de 10000 horários com o fecho de escolas e criação de mega-agrupamentos.
Perda de 8000 horários com a redução de horas do Plano Tecnológico das Escolas e alteração das condições para a dispensa de componente lectiva dos coordenadores de estabelecimentos.
Os cortes nas transferências financeiras para as autarquias pode pôr em causa 15 mil horários de docentes afectos às Actividades de Enriquecimento Curricular.
Há medidas que têm o meu acordo e medidas que têm a minha discordância. Sempre defendi o fim das áreas curriculares não disciplinares. Não faz sentido mantê-las apenas porque dão emprego. Concordo com a atribuição de uma turma aos professores bibliotecários. Discordo frontalmente do fecho de escolas de proximidade sem a anuência dos pais. Os mega-agrupamentos despersonalizam a relação pedagógica, potenciam o anonimato e a indisciplina.
As Actvidades de Enriquecimento Curricular foram uma má opção do Governo. Com muito menos dinheiro, seria possível ter Ateliés de Tempos Livres a funcionarem em todo o lado criados e geridos pelas organizações da sociedade civil.



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