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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Dezenas de candidatos às autárquicas mudaram de partido

Dezenas de candidatos às próximas eleições autárquicas mudaram de cor política depois de terem sido fiéis durante anos a um partido, alterações que se verificam em praticamente todas as eleições locais, mas que este ano assumem maior dimensão.

Apesar de um antigo militante comunista candidatar-se, ainda que independente, a uma Câmara Municipal pelo BE ou PS poder confundir o eleitorado, tal como um 'laranja' mudar de cor e concorrer pelo CDS-PP ou PS, é comum isto acontecer e são dezenas os candidatos que este ano surgem integrados em listas de outra cor política.

No concelho de Chamusca, liderado há 30 anos pela CDU, a concelhia socialista escolheu um antigo militante do PCP para liderar a lista do partido às próximas eleições autárquicas, Joaquim Garrido, que concorre como independente.

Contactado pela Lusa, Joaquim Garrido, que foi também presidente da Assembleia Municipal da Chamusca no mandato 2001/2005 pela CDU, garantiu que, apesar de ter mudado de cor política, as suas convicções mantêm-se, acredita na democracia e nos seus valores fundamentais.

Questionado acerca da reacção do eleitorado, o candidato socialista acredita que tem respondido «muito positivamente» e não considera que o facto de ser ex-PCP descredibilize a sua imagem.

Também o actual vereador eleito pelo PSD em Tomar, Ivo Santos, abandonou os 'laranjas' e concorre este ano à autarquia pelo CDS-PP, independente, por «constatar o total esvaziamento» do papel da secção concelhia social-democrata, sendo a quarta demissão do PSD do município desde o início do ano.

«Todos sentimos que em Tomar o PSD foi perdendo expressão, capacidade de intervenção, militantes, ideias, mobilização. Sempre em silêncio. Negando teimosamente uma realidade óbvia», declarou à Lusa, acrescentando que «o único caminho teria de ser a saída, com a consequente desvinculação de militante-.
«Lusa»

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