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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Contratados 44 médicos cubanos, quase todos para Alentejo e Algarve

O Ministério da Saúde anunciou hoje a contratação de 44 médicos cubanos que, durante três anos, vão exercer em nove centros de Saúde do Alentejo, cinco do Algarve e um da região de Lisboa e Vale do Tejo.
Segundo comunicado do ministério enviado à agência Lusa, 42 dos clínicos cubanos vão trabalhar em centros de Saúde de zonas do Alentejo e do Algarve “particularmente carenciadas de médicos de família”.
Moura, Ferreira do Alentejo, Almodôvar e Odemira, todos do distrito de Beja e o último situado também no litoral, assim como Portel, do distrito de Évora, e Alcácer do Sal, Santiago do Cacém, Sines e Grândola, no Litoral Alentejano (distrito de Setúbal), são os concelhos beneficiados no Alentejo.
Já no Algarve, os médicos vão ser encaminhados para Albufeira, Silves, Lagos, Lagoa e Loulé.
Os outros dois médicos oriundos de Cuba, acrescenta o ministério tutelado pela ministra Ana Jorge, vão exercer no centro de Saúde de Alpiarça, o concelho da região de Lisboa e Vale do Tejo onde “a percentagem de utentes sem médico de família é a mais elevada”.
A contratação de médicos da América Latina para ajudar a suprir a carência de clínicos em vários centros de Saúde do país, que o ministério já tinha identificado como estando localizados, sobretudo, nas regiões alentejanas de Beja e do Litoral Alentejano e no Algarve, era um processo que decorria há algum tempo.
No comunicado de hoje, o Ministério da Saúde revela que a Administração Central do Sistema de Saúde I.P. (ACSS) e os Serviços Médicos Cubanos concretizaram o protocolo que permite aos médicos deste país exercer no Serviço Nacional de Saúde (SNS) português “durante três anos”.
“Os 44 médicos têm mais de 10 anos de experiência profissional e a sua licenciatura foi reconhecida por uma Faculdade de Medicina portuguesa”, adianta o ministério.
Estes profissionais, pode ler-se ainda no comunicado, estão também “já inscritos na Ordem dos Médicos, possuindo todas as habilitações necessárias para exercer Medicina em Portugal”.
O Ministério da Saúde assegura ainda que continua a prosseguir, “em vários países”, o “esforço de recrutamento de médicos”, no quadro de acordos de cooperação com outros Estados, “respeitando as carências que outros países também têm e de acordo com o princípio da reciprocidade”.
Apesar desse mesmo “esforço”, o ministério liderado por Ana Jorge lembra que, desde 2005, têm sido tomadas “várias medidas estruturais para resolver a falta médicos” do SNS, em particular de médicos de família.
O aumento de vagas no curso de Medicina, que no próximo ano lectivo (2009/2010) vão permitir admitir no primeiro ano “1.658 alunos”, ou seja, “o maior número após o 25 de Abril”, é uma das medidas enumeradas, tal como a criação daquela licenciatura na Universidade do Algarve, para atrair novos profissionais para o Sul do país.
O ministério destaca ainda o “aumento acentuado” dos médicos em formação para Medicina Geral e Familiar, pois este ano entraram no internato dessa especialidade “314 jovens médicos”, e a entrada em funcionamento de “196″ Unidades de Saúde Familiar (USF), que permitiram o acesso a médico de família por parte de “cerca de 240 mil utentes”.

Lusa

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