Capacidade de resposta à pressão concorrencial, aumento de qualidade.
Se no passado, os agricultores eram subsidiados ou tinham ajudas de preços para produzir (ajudas ao rendimento) o que eventualmente seria consumido, hoje têm, cada vez mais, de conhecer desde logo o que os consumidores finais vão desejar e como vão fazer para só depois produzir esses produtos por forma a maximizarem o valor da respectiva oferta.
As tendências de evolução ao nível do enquadramento externo a actual reforma da PAC e o fenómeno da Globalização vão continuar a exercer uma pressão concorrencial intensa sobre a agricultura portuguesa, o que se repercute numa concorrência cada vez mais baseada no factor preço para uma gama alargada de produtos e num progressivo esmagamento das margens de exploração. (que se acentua pela pressão de poder de negociação exercidos pelos sectores situados a jusante-transformação e trabalho/distribuição). Esta situação é ampliada pelo factor da agricultura nacional se encontrar desajustada face a outros países da U.E.
O futuro da Agricultura Portuguesa dependerá da capacidade de resposta do sector a dois níveis:
- Obtenção de economias de escala em segmentos de mercado, onde Portugal apresente algum tipo de vantagens comparativas;
- Procura de nichos de mercado capazes de gerarem produtos e serviços de maior valor acrescentado e onde as empresas portuguesas consigam gerar vantagens competitivas.
É ainda necessário que os Agricultores tenham capacidade de diferenciar as suas ofertas, nomeadamente, através da criação de marcas próprias ou conjuntas, associadas a produtos ou regiões específicas; capacidade de colocar produtos na quantidade e a preços certos que sejam percebidos pelos consumidores como tendo qualidades e vantagens distintivas e capacidade de, em determinados segmentos de mercado, apresentar soluções que se oferecem produtos mais complexos, associados a múltiplos serviços, acompanhados por uma localização, paisagem ou gastronomia própria.
Num ambiente em que os clientes são cada vez mais exigentes e precisam de ser fidelizamos, são também determinantes, em termos competitivos, as questões relacionadas com a qualidade (enquanto cumprimento de normas e enquanto dimensão estratégica), com segurança e com higiene alimentar.
AC
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