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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Fundação José Relvas deve ser a maior empresa pública empregadora em Alpiarça

Para além da Câmara Municipal, umas das maiores entidades empregadoras de Alpiarça deve ser a “Fundação José Relvas” (FJR). De tal forma que existe um pouco de dificuldade em saber onde começa e onde acaba por causa das actividades que exerce.

Falta saber se eram os os desejos do benemérito.

Temos dúvidas.

“Jornal Alpiarcense” tem vindo a indagar já a alguns meses, junto das entidades institucionais e que tem papel de responsabilidade perante a fundação para saber se a utilização social está em consonância com o testamento de José Relvas ou se esta confusão de”prestações de serviços” da FJR consta em algum paragrafo.

Ainda continuamos à espera de alguma satisfação.

No entanto é de conhecimento público que o benemérito deixou todos os seus bens à Câmara de maneira que com as receitas vindas das terras doadas e de outros de rendimentos, fosse criada a “casa de benemerência” para ajudar e amparar os mais necessitados DE ALPIARÇA.

Nem sempre os mais necessitados tem prioridade no “internamento”. Mas, se alguém tiver rendimentos ou doar parte do património pessoal já pode entrar ou: se algum filho estiver farto de aturar aos pais idosos e tiverem rendimentos para pagar a mensalidade.

Hoje a conhecida “Instituição José Relvas” é tudo menos aquilo para que foi criada. Existe acima de tudo a rentabilidade do património como de outras receitas pouco importando se pelas ruas de Alpiarça anda algum desgraçado que precise do “asilo”.

A FJR é uma empresa pública, porque é propriedade da autarquia mas com independência administrativa e financeira. O seu objectivo neste momento é o lucro e não viver do lucro do património que o benemérito deixou.

É verdade que nos que correm a fortuna de então teria que ser balizada de uma outra forma. Ensina os livros que uma boa gestão é sempre possível, desde que apenas lá estivessem os «mais pobres» como era desejo de José Relvas.

A inversão do assento testamentário parte logo quando da fundação da instituição, na altura administrada pelo Dr. Hermínio Paciência.

As razões que levaram a que nada daquilo que consta no testamento é que é o busílis da questão e que tentamos apurar a razão do seu não cumprimento.

José Relvas sabia, mais do que ninguém, que a doação do seu património à família seria o fim de tudo porque teria que ser repartido por imensos familiares. Pela sua experiência politica e financeira, entendeu não o fazer mas sim entregar à Câmara do concelho em que vivia, porquanto até no Estado ele não confiava. E, não confiava porque enquanto ministro que foi e outros cargos governamentais que exerceu, sabia o suficiente que o Estado, possivelmente não seria uma «pessoa de bem». Tinha razão e acertou na decisão de entregar o seu património à entidade, que na altura, merecia toda a confiança. Não errou na época, mas se fosse nos tempos que correm têm muitas duvidas que o fizesse.

Possuidor de uma fortuna enorme e de bens valiosos, não repartindo este conjunto com ninguém fez questão de deixar em testamento aquilo que se deveria cumprir: ajudar e albergar os mais necessitados DE ALPIARÇA.

Mas…muitos residentes do lar nem ligação alguma têm com o concelho onde vivem.

É esta questão que tentámos saber mas que ninguém nos sabe responder como ninguém nos sabe dizer a razão porque não é divulgado o testamento público de José Relvas e se a vontade escrita do benemérito é cumprida.

A “Fundação José Relvas” e as suas actividades empresariais que são difíceis de saber quais são porque a engrenagem em que está assente quase é hermética. Não nos permite adiantar muito.

Não conseguimos obter as informações desejadas pela via oficial mas obtivemos a informação segura de alguém que conhece o testamento composto por 23 páginas e que se dignou conceder informações ao “Jornal Alpiarcense”.

Assim consta: “…que tudo será adaptado no seu conjunto à edificação dum asilo, destinado a velhos inválidos e desamparados do concelho de Alpiarça” para acrescentar a seguir que: “… o asilo de velhas pobres e desamparadas, será construído no terreno situado em frente do portão de entrada da Quinta dos Patudos.”. Podemos acrescentar em parte alguma do testamento consta a permissão de pessoas com posses e ou de outros concelhos

Todos os administradores e directores que pela fundação passaram, deram o seu melhor contributo, disto não temos dúvidas mas temos dúvidas quanto ao cumprimento integral do testamento.
A razão e os motivos gostávamos nós de saber.

4 comentários:

Anónimo disse...

NR: Os comentários referentes a este artigo deverão ser enviados directamente por via e-mail para este jornal ou devidamente identificados os autores.
O Administrador
"Jornal Alpiarcense"

JA disse...

Esclarecimento a um leitor deste jornal: (Instituições Particulares de Solidariedade Social - IPSS).
A Fundação José Relvas é uma IPSS. Para todos os efeitos legais (Fiscais e Juridicos)é uma Instituição Pública porque o seu "proprietário" ( a quem foi feita a doação)é a Câmara e logo a Câmara é uma entidade pública.
Para a noticia em questão, pouco interessa a sua autonomia administrativa e financeira.
Só seria uma "Instituição Particular" se a "Fundação José Relvas" fosse "privada" como não é...quer queira quer não é "PÚBLICA"
O "Particular" aplicado à fundação, foi-lhe atribuido para ter certas isenções e regalias fiscais, permitidas na legislação.
Assim a Fundação José Relvas é tudo menos "Particular", salvo se já a venderam ou doaram-na a algum organismo, que nos dias que correm já tudo é possivel

Anónimo disse...

Não existe uma Fundação José Relvas, mas sim uma Fundação Rosa do Ceu:
- Manuel Miranda do Ceu (Presidente)
- Fernanda Vences Ceu (Directora, nora do Manuel Miranda do Ceu e esposa do Joaquim Rosa do Ceu)
- Joaquim Luis Rosa do Ceu (filho do Manuel Miranda do Ceu, membro dos 40 maiores contribuintes ,ex-presidente da CM Alpiarça e marido da Fernanda Vences Ceu)

O vencimento da Directora, segundo dizem, faz inveja a qualquer director de Lares da região e até de Lisboa.

Quem é pobre não tem prioridade na entrada. Inscrevem-se e de acordo com os criterios da Directora, designadamente o conhecimento pessoal (factor Cunha), o que podem pagar, etc, lá vao sendo admitidos.

É por isso que enquanto muitos pobres de Alpiarça esperam eternamente por uma vaga no Lar, outros forasteiros sem estarem em nenhuma Lista de Espera vão entrando, ocupando o lugar daqueles que segundo o testamento deveriam ter prioridade.

Se os pobres tivessem prioridade na entrada, entao nao seria pagar os vencimentos milionarios, o que não convinha...

Ainda um dia gostava de perceber como foi possivel que o homem estivesse 3 mandatos no poder. Fomos todos muito bem enganados.
Mas já não caio noutra... a que está agora ai, antes de ir a votos já andou a enganar toda a gente.
Vá de retro...

Sommer disse...

As pessoas não vêem ou não querem ver que os verdadeiros herdeiros de José Relvas são na realidade a família Céu.

Pena que um mais ou menos célebre escritor de Alpiarça que tem desenterrado tias e avós para escrever Histórias de Vale de Cavalos e Histórias de Alpiarça não escreva também a História da Instituição Relvas, hoje Fundação Relvas, não o faz obviamente porque está do mesmo lado da barricada e já foi enxovalhado o bastante para se meter noutra.

Não deixa de ser triste e hipócrita que apoiantes de Rosa do Céu recorram cada vez mais aos serviços do Cantinho do Idoso.

Lamentável é ouvir pessoas de bem dizerem sem pudor que tiveram de falar com a Doutora "porque a mensalidade do meu pai era de quase 200 contos, quando o velhote mesmo com a pensão de sobrevivência da minha falecida mãe, ganha pouco mais de 60 contos" e Doutora lá desceu aquilo para os 140...

Alguém um dia com coragem há-de pegar em testemunhos e papéis e escrever a "História da Fundação Relvas"