
“A decisão do Constitucional começa por prejudicar o primeiro
objectivo do Governo e dos parceiros internacionais que era o de
conseguir recuperar uma situação de autonomia que se traduz no regresso
aos mercados”, começou por dizer Morais Sarmento.
A decisão dos juízes, explica, “obriga a medidas suplementares de
corte ou de austeridade que se vêm somar aos quatro mil milhões” que o
Executivo de Passos já tinha anunciado que seria necessário cortar.
“Portugal morreu na praia com o acórdão do Constitucional” pois,
afirma, “a necessidade de dar dois passos atrás e recomeçar a narrativa
da austeridade atrasa o objectivo de regressar aos mercados”.
Sobre o despacho do ministro das Finanças, que proíbe os ministérios e
serviços do sector público administrativo, da administração central e
da Segurança Social de contraírem nova despesa, Morais Sarmento foi
peremptório: “É acertado mas mal explicado”. Para o antigo governante a
decisão de Vítor Gaspar “faz sentido e seria tomada por qualquer
ministro das Finanças”, até mesmo por Manuela Ferreira Leite que foi uma
das vozes a criticar a iniciativa do ministro.
No que à relação de Portugal com a Europa e com a troika diz
respeito, Morais Sarmento deixou claro que o Governo “tem de ter uma voz
diferente e mudar o discurso” e isto, frisa, “não pode esperar pelas
eleições autárquicas”, altura em que Passos estaria a pensar fazer a
remodelação do Governo.
»NM»
1 comentário:
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