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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Podem tomar nota: "O nervosismo que vamos notando por aí é sintomático"


Peço a palavra!

Muito se tem falado, bem ou mal de Francisco Cunha. Eu não sei se ele terá ou não condições financeiras, legais ou outras para levar esta candidatura até ao fim. Não sei se ele terá ou não capacidade para gerir uma Câmara Municipal. Não conheço sequer a sua equipa (se é que a tem). Mas, de uma coisa estou convicto, se a ideia for para diante, vai ser altamente prejudicial para os outros concorrentes apoiados pelos partidos políticos tradicionais que conhecemos. Quero deixar aqui, com toda a frontalidade, com a mesma frontalidade e convicção que transmiti a alguns responsáveis locais do PS, muito antes das autárquicas de 2009, que não previam a derrota que a seguir haveriam de sofrer e que lhes apontei como certa, sem volta a dar na altura. Não sou de modo algum adivinho nem tenho essa pretensão, mas sinto o pulsar das pessoas com quem lido. E são muitas e das mais variadas condições económicas, sociais e políticas. Isso às vezes é tão ou mais certeiro que as sondagens encomendadas.
Nesta altura, devido à conjuntura por que todos passamos, as pessoas mesmo a nível local, já não têm certezas de nada! Quem está afinal a seu favor ou contra si? O que lhes está na memória é o que lhes prometeram e não deram. É o que lhes tiram todos os dias. É o sentimento de desconfiança até por quem deveria ser o garante da sua liberdade e segurança.
Politicamente o que foi feito constava das promessas e foi cumprido? - Problema resolvido.
Então, e o que não foi feito e foi prometido? Aí é que está o cerne da questão. E para pessoas simples, conclusões simples: São todos iguais! Ora agora rodas tu, ora agora rodo eu. Daí a descrença na classe política.
E... muita atenção! São estas pessoas que vão votar. Ou podem mesmo não votar por darem o tempo por mal empregue. Com toda esta confusão, há ainda aqueles que por uma questão de rebeldia, desilusão, insatisfação, protesto ou outros motivos quaisquer, irão colocar o voto no candidato à partida com menos chances de vencer a contenda. Contrariando e surpreendendo mesmo, a tendência de votações anteriores. E… aqui as sondagens feitas por especialistas na matéria, têm sido muitas vezes confundidas e enganadas. É dos livros.
Aliás, os políticos experientes, como Octávio Augusto e tantos outros, conhecem esta realidade e estão preparados para ela. O nervosismo que vamos notando por aí é sintomático.
Em resumo, ninguém cante vitórias nas circunstâncias presentes. Ninguém pense que são favas contadas. E tenham a certeza de que mais um candidato a concorrer ao município alpiarcense, repito no contexto actual, pode causar desequilíbrios impensáveis na distribuição dos votos e, consequentemente, na composição dos nossos eleitos autárquicos. Coisa nunca antes registada no concelho de Alpiarça.
Por: Almeirante
Noticia relacionada:
"Opinião de um comentarista: "sinal de evidente fr...": 

2 comentários:

Anónimo disse...

Peço desculpa pelo lapso. As autáquicas foram de facto em 2009.
Agradeço a respectiva rectificação.
Almeirante

Anónimo disse...

SÃO ASSIM OS INDEPENDENTES: Há cinco dias novo ministro era a favor da queda do Executivo
Já se sabe quem irá sentar-se na cadeira deixada vaga por Miguel Relvas. Não será um, mas serão dois os novos ministros que partilharão as funções do agora ex-governante. A cargo de Marques Guedes ficará a pasta dos Assuntos Parlamentares, além da Presidência do Conselho de Ministros, enquanto Poiares Maduro (à direita na foto) será ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional. Acontece que este último, há apenas cinco dias, defendia a constituição de um Governo de iniciativa presidencial.
O especialista em Direito Europeu e Constitucional, Miguel Poiares Maduro, foi, a par do até aqui secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Marques Guedes, o escolhido pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para calçar, por assim dizer, os sapatos de Miguel Relvas, que na passada semana se demitiu.
São dois os responsáveis a ocupar o lugar de um, sendo que Marques Guedes assume a pasta dos Assuntos Parlamentares e da Presidência do Conselho de Ministros, e a Poiares Maduro cabe a tutela do Desenvolvimento Regional, passando a ser ainda ministro Adjunto.
Porém, não deixa de ser curioso que, há apenas cinco dias, aquando da leitura do acórdão do Tribunal Constitucional que decretou inconstitucionais quatro normas do Orçamento do Estado para 2013, Poiares Maduro manifestava, num texto que publicou na sua página do Facebook, o facto de ser favorável à nomeação de um Governo de iniciativa presidencial por parte do chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva.
Ora esta solução só seria viável caso o Presidente da República resolvesse demitir o actual Executivo. Uma semana depois, o independente, distante, portanto, de ‘amarras partidárias’, passa a integrar esse mesmo Governo.