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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Funcionários da administração local iniciam greve ao trabalho extraordinário por tempo indeterminado

 Trabalhadores da administração local iniciram ontem (dia 1) uma greve às horas extraordinárias e aos feriados por tempo indeterminado contra a redução do pagamento do trabalho extra e o consequente impacto da medida nos serviços prestados às populações.
A greve que hoje tem início abrange todos os trabalhadores do setor da administração local, ou seja, funcionários das câmaras, das juntas e de empresas municipais, associações e Sapadores Bombeiros e Polícia Municipal.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), José Correia, esta greve às horas extraordinárias e feriados pode prolongar-se por “todo o ano”.
José Correia salientou que com esta greve os trabalhadores pretendem “demonstrar um descontentamento latente” quanto à redução do valor do trabalho extraordinário, que, com a entrada em vigor do Orçamento do Estado para o próximo ano “fica equiparado ao valor normal do trabalho”.
Por outro lado, o sindicalista alertou para a possível diminuição da qualidade dos serviços prestados à população na administração local, uma vez que sem novas contratações e com a redução do valor do trabalho extraordinário é “possível que certos serviços entrem em rotura”, da jardinagem ao lixo, das brigadas da água à proteção civil.
“A imposição da redução do número de trabalhadores nas câmaras municipais tem um impacto brutal em todos os serviços prestados à população. E é a população que sai afetada”, afirmou.
Além disso, o vice-presidente do STAL considerou que estas medidas constituem uma “tentativa deliberada de privatizar” serviços municipais, porque as autarquias têm de recorrer a empresas externas para realizar esses trabalhos.
« Lusa»

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