Taxa varia entre cinco e oito euros e recai sobre as lojas com mais de dois mil metros quadrados.
A entrada em vigor, no último sábado, da nova Taxa de Saúde e
Segurança Alimentar, que será paga pelas cadeias de distribuição com
mais de dois mil metros quadrados, poderá ter como principal efeito o
aumento do preço dos alimentos. É esta a convicção da directora-geral da
Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), Isabel Trigo
de Morais, que defende que a medida "recai não só sobre os associados
da APED, mas também sobre todos os consumidores e no preço final dos
alimentos".
O eventual aumento do preço dos alimentos poderá juntar-se ao
agravamento que os consumidores já estão a sentir, desde o início do
ano, com a alteração da taxa de IVA em alguns bens. Um estudo da Kantar
Worldpanel, avançado pelo jornal "Público", conclui que, no primeiro
trimestre, a factura do supermercado cresceu em valor face ao mesmo
período do ano passado, com o preço médio a subir 5,8%, enquanto o
volume de compras caiu 0,4%.
Para a responsável da associação que reúne marcas como Continente e
Pingo Doce, o País já está a enfrentar um contexto económico de "grandes
dificuldades, com fortes penalizações sobre o rendimento e restrição do
consumo das famílias", e a taxa será mais um constrangimento para o
sector. Isabel Trigo de Morais não tem dúvidas que "uma nova taxa de
saúde e segurança alimentar é uma medida que terá impactos muito
negativos na competitividade e dinamização da economia nacional,
prejudicando sobretudo os consumidores mas também todo o sector do
retalho".
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