Questionado sobre se o Programa Operacional de Potencial Humano
(POPH) iria sofrer alterações devido à reprogramação das verbas do
Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), Pedro Silva Martins
assinalou que as prioridades do Governo passam pela formação dos
desempregados.
“Uma das prioridades é assegurar a formação profissional dos
desempregados. Sabemos que a economia portuguesa está a mudar e é
importante assegurar que os desempregados tenham acesso a ações de
formação para ganhar as qualificações que lhes permitam regressar o mais
rápido possível ao mercado de trabalho”, disse o secretário de Estado à
Lusa, à margem da 9.ª Reunião da Comissão de Acompanhamento deste
programa.
Pedro Silva Martins salientou que esta é “uma forma de baixar os
números do desemprego, a médio e longo prazo”, pois “os desempregados
com melhores qualificações terão melhores perspetivas de se inserirem no
mercado de trabalho”.
De acordo com um comunicado do ministério da Economia esta medida
pode abranger mais de um milhão de adultos, contemplando não só
desempregados, mas também os trabalhadores no ativo que pretendam
frequentar formação certificada.
Questionado sobre o fim dos centros de Novas Oportunidades e
eventuais medidas de substituição, o secretário de Estado lembrou que os
resultados da avaliação encomendada pelo Governo concluíram que, em
média, os efeitos na empregabilidade foram baixos pelo que o ministério
da Economia “está em articulação com o ministério da Ciência, para
definir um novo formato” para estes centros.
O gestor do POPH, Domingos Lopes fez um balanço positivo da execução
do programa que já vai em 57 por cento de execução do Fundo Social
Europeu, acima dos 40 por cento de execução do QREN, e ajudou a formar
três milhões de pessoas.
Domingos Lopes considerou que o impacto do POPH “é importantíssimo”
porque “foram três milhões de pessoas que viram as suas competências
reforçadas e melhoradas”, o que permite que “quando a economia começar a
retomar as pessoas estejam preparadas e mais aptas a dar o seu
contributo”.
O responsável do POPH salientou que “a aposta na formação não deve
ser abandonada” e adiantou que os programas de formação profissional
para desempregados vão privilegiar a formação tecnológica “dando
prioridade mais ao saber fazer do que ao saber”.
«Lusa»
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