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terça-feira, 26 de junho de 2012

Desempregados vão ter 400 milhões de euros para formação profissional

 Questionado sobre se o Programa Operacional de Potencial Humano (POPH) iria sofrer alterações devido à reprogramação das verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), Pedro Silva Martins assinalou que as prioridades do Governo passam pela formação dos desempregados.
“Uma das prioridades é assegurar a formação profissional dos desempregados. Sabemos que a economia portuguesa está a mudar e é importante assegurar que os desempregados tenham acesso a ações de formação para ganhar as qualificações que lhes permitam regressar o mais rápido possível ao mercado de trabalho”, disse o secretário de Estado à Lusa, à margem da 9.ª Reunião da Comissão de Acompanhamento deste programa.
Pedro Silva Martins salientou que esta é “uma forma de baixar os números do desemprego, a médio e longo prazo”, pois “os desempregados com melhores qualificações terão melhores perspetivas de se inserirem no mercado de trabalho”.
De acordo com um comunicado do ministério da Economia esta medida pode abranger mais de um milhão de adultos, contemplando não só desempregados, mas também os trabalhadores no ativo que pretendam frequentar formação certificada.
Questionado sobre o fim dos centros de Novas Oportunidades e eventuais medidas de substituição, o secretário de Estado lembrou que os resultados da avaliação encomendada pelo Governo concluíram que, em média, os efeitos na empregabilidade foram baixos pelo que o ministério da Economia “está em articulação com o ministério da Ciência, para definir um novo formato” para estes centros.
O gestor do POPH, Domingos Lopes fez um balanço positivo da execução do programa que já vai em 57 por cento de execução do Fundo Social Europeu, acima dos 40 por cento de execução do QREN, e ajudou a formar três milhões de pessoas.
Domingos Lopes considerou que o impacto do POPH “é importantíssimo” porque “foram três milhões de pessoas que viram as suas competências reforçadas e melhoradas”, o que permite que “quando a economia começar a retomar as pessoas estejam preparadas e mais aptas a dar o seu contributo”.
O responsável do POPH salientou que “a aposta na formação não deve ser abandonada” e adiantou que os programas de formação profissional para desempregados vão privilegiar a formação tecnológica “dando prioridade mais ao saber fazer do que ao saber”.
«Lusa»

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