Empresas e famílias vão, a partir de domingo,
ver as suas faturas de gás e eletricidade agravadas, altura em que
entram em vigor os aumentos das tarifas reguladas e transitórias,
decididas pelo regulador energético.
A atualização de preços definida pela Entidade Reguladora dos
Serviços Energéticos (ERSE) e decorrente dos compromissos assumidos pelo
Governo com a troika (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e
Banco Central Europeu), com vista à liberalização do mercado do gás e
da eletricidade, tem como objetivo levar o consumidor a escolher um
fornecedor em regime de mercado livre.
Assim, a partir de 1 de julho, as famílias consumidoras de gás
natural verão a sua tarifa regulada aumentada em 6,9 por cento, um valor
que vigorará até 31 de dezembro, altura em que a ERSE anunciará um
outro aumento, desta vez uma tarifa transitória, tendo em vista o
mercado liberalizado. A partir dessa data, haverá revisão de tarifas
transitórias de três em três meses.
Dentro deste aumento de 6,9 por cento para os domésticos estão os
clientes com consumo anual inferior ou igual a 500 metros cúbicos, ou
seja, a maioria dos pequenos consumidores.
Segundo a ERS, os consumidores terão de optar até 31 de dezembro de
2015 por um fornecedor de gás liberalizado. Atualmente, quem está no
mercado é a Galp, que oferece um pacote de gás e eletricidade, e a EDP
que já prometeu também avançar para uma oferta dual.
Também as empresas verão a sua fatura de gás agravada em 7,4 por
cento. A entidade reguladora irá fazer uma revisão trimestral desta
tarifa também até 31 de dezembro de 2015.
Em relação à fatura de eletricidade, os primeiros a serem afetados
por aumentos definidos pela ERSE são as empresas, que sofrerão um
agravamento de 2 por cento, sendo que os consumidores domésticos
continuarão com a mesma tarifa até 31 de dezembro, altura em que
entrarão em vigor as tarifas transitórias, que à semelhança do gás
natural, serão sempre revistas trimestralmente até 2015.
Perante uma alteração profunda do mercado regulado no gás e na
eletricidade, as operadoras estão já a tentar cativar os clientes para o
mercado livre, como é o caso da EDP, Galp e Endesa, para além de
pequenos comercializadores.
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