O Banco de Portugal é uma instituição ineficiente que apenas serve para sustentar uma clique poderosa.
O
Banco de Portugal (BdP) deveria funcionar de forma transparente e
garantir a seriedade do sistema financeiro. Mas os portugueses não
conseguem escrutinar a sua actividade. E, do que se sabe, é uma
instituição ineficiente que apenas serve para sustentar uma clique
poderosa e bem paga. O BdP deixou de ter funções de banco emissor desde a
nossa entrada na moeda única. Diminuídas as suas competências,
ficou-lhe a missão central de supervisão da actividade financeira. Mas
aí, as suas prestações não poderiam ter sido piores. Foi sob a direcção
de Vítor Constâncio que se desenvolveram os escândalos do BPN e do BPP.
Foi também o BdP que fez vista grossa à luta de poder no BCP e à
conquista deste banco pelo PS de Sócrates. Apesar do mandato de que
dispunha, não acautelou a idoneidade dos banqueiros e sancionou a
nomeação de administradores da estirpe de João Rendeiro, Oliveira e
Costa ou Armando Vara.
Foi ainda o BdP que permitiu que crescesse uma
bolha imobiliária que representava, no início da crise, 70% da dívida
privada nacional. Isto porque a Banca financiou, de forma arbitrária,
empreendimentos muito acima do seu real valor. E suportou até projectos
que os promotores nunca vieram a construir. Apesar das suas diminutas
funções, o BdP mantém um modelo de gestão megalómano, com uma
administração imponente e todo um séquito de assessores, a maioria dos
quais tem reforma garantida ao fim de seis anos. O BdP sustenta ainda um
gabinete de estudos que vem propor ideias tão peregrinas como a
diminuição de salários. Este modelo mantém-se até hoje com a
complacência de alguns dos seus ex-colaboradores, como o actual
Presidente Cavaco ou o Ministro Vítor Gaspar.
O sistema de gestão do
BdP é, além do mais, promíscuo, pois chega a permitir que o
ex-governador António Sousa presida à associação dos bancos que
anteriormente supervisionava. E que Almerindo Marques pertença ao
Conselho Consultivo, apesar da sua ligação ao Grupo Espírito Santo. Os
portugueses não precisam de uma instituição que só serve para garantir
reformas milionárias e pactua com a impunidade do sistema financeiro. O
que exigem é uma outra reforma, a reforma do modelo de Banco de
Portugal.
Fonte:«CM»Enviado por um leitor

2 comentários:
Que querem que pensem os desempregados, ao saberem da existencia de srºs com 2,3,4, e mais tachos, quando eles, não têm para comer.Apesar de sermos um povo, pacifico, começamos a ficar revoltados com estas desigualdades.
Verdade nua e crua! Afigura-se-me "o cabaret da coxa" da élite e do poder! Vão quase todos ao pote de mel ou á cocheira engordarem-se a si e ás suas famílias com bolotas alheias! Obrigado por mais esta reflexão!
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