.

.

.

.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Soares cita Salazar para pedir demissão do Governo


O antigo Presidente da República Mário Soares insiste na demissão do Governo e afirma: “Até Salazar o disse no final da II Guerra Mundial: ‘Não se pode governar contra a vontade persistente de um Povo”. Num artigo de opinião do Público, o histórico do PS não poupa nas críticas a Cavaco Silva e sugere-lhe mesmo que “vá a Boliqueime e pergunte ao Povo, que conhece bem, se não há crise”.
Mário Soares cita Salazar para traduzir a falta de popularidade do Governo e a emergência da sua demissão. “Até Salazar o disse no final da II Guerra Mundial: ‘Não se pode governar contra a vontade persistente de um Povo”, afirmou o antigo chefe de Estado num artigo de opinião do Público.
Referindo-se ao chumbo de quatro medidas do Orçamento pelo Tribunal Constitucional, o histórico socialista defende que se trata de “mais um grande sarilho que devia levar o Governo a demitir-se, como a esmagadora maioria dos portugueses e o ministro das Finanças parece também querer”.
Para Soares, foi Cavaco Silva, “tão silencioso até sábado último”, que “resolveu, ao que dizem, ‘obrigá-lo’ a ficar no seu posto. Para continuar, seguramente, o despesismo que o caracteriza e a fazer asneiras e vendas desastrosas e a destruir o País”.
O Presidente “julga que não há crise política”, insiste Mário Soares, sugerindo a Cavaco que “vá a Boliqueime e pergunte ao Povo, que conhece bem, se não há crise. (…) Oiça os agricultores e os pescadores. Eles lhe dirão o que pensam deste Governo”.
Por outro lado, enquanto o Governo e o chefe de Estado são bombardeados com críticas, Soares guarda os melhores elogios para o Tribunal Constitucional. “Felicito, assim, o Tribunal Constitucional, pela corajosa atitude que teve, não aceitando pressões, fossem quais fossem”, sublinhou o socialista, acrescentando que “foi um ensinamento para uma Justiça que, frequentemente, não julga os ricos e poderosos e deixa andar à solta os arguidos desde que tenham influência política ou sejam milionários”.
«NM»

Sem comentários: