A permanência na moeda única deixou de ser tabu na bancada socialista –
mas não na direcção. Seguro acha, porém, a dívida ingerível como está.
Pedro
Nuno Santos foi quase ostracizado quando, há um ano, defendeu que o
país devia ameaçar não pagar as suas dívidas, recusando a austeridade.
Esta semana escreveu no jornal i quase o mesmo, com muitos na bancada a
aplaudir sigilosamente: «Defendo uma reestruturação significativa da
dívida [...]. Se não o conseguirmos dentro da zona euro, a saída poderá
passar a ser uma necessidade». Na direcção, a tese é vista como terrível
– mas não sem que exista medo que o cenário se venha a colocar.
Entre
os mais próximos de Seguro, há consciência de que as exigências que o
PS faz à troika para renegociar o memorando são difíceis de ser aceites,
mas vinca-se que constituem a única via de Portugal pagar a sua dívida
pública sem recorrer a um perdão dos credores, que poria o país sob fogo
dos mercados.
Na passada quarta-feira, Seguro foi convidado pela
embaixada da Irlanda, para um almoço com representantes diplomáticos dos
26 membros da União Europeia. O líder do PS reiterou a posição do
partido, defendendo um governo relegitimado em eleições que tenha força
para renegociar a dívida. O problema que se coloca é óbvio: e se a
Europa disser não?
Para já, Seguro concentra os esforços na defesa
das suas propostas europeias, empenhando até a direcção na defesa do
prolongamento das maturidades. Eurico Brilhante Dias teve uma reunião em
Dublin, em paralelo ao Eurogrupo. Isto apesar de o líder do PS não ter
recebido, desde o chumbo do TC, um contacto de Barroso, Passos, Gaspar
ou até de Cavaco Silva.
Na bancada socialista, a tese de Pedro
Nuno Santos começa a correr. «Ainda não é tempo de falar em público»,
diz um socialista ao SOL. Que, em privado, se indigna com o teor do
comunicado da Comissão Europeia no último domingo, que exigia ao país o
cumprimento das metas, apesar do chumbo do TC, e a unidade das
instituições. «Se aquilo não foi combinado com o Governo e é o que a
troika pensa, então a única situação que temos é começar a preparar a
saída do euro», dizia a mesma fonte.
«SOL»
8 comentários:
Esta e' uma analise muito interessante. E eu próprio que até a pouco tempo era contra começo a encarar esta possibilidade com a única saída possível .
Ou a Europa perdoa 5o % da divida ou temos de sair do euro. Portugal e sua Troika tornou-se insustentável . Europa nao se comporta como uma irma mas mais como uma madrasta.
Até quando o Pais aguenta ?
PARA NÃO ESQUEREREM: Foi a aliança entre o PSD-CDS-PP- BE e PS quem votou na A.R. a entrada de PORTUGAL na CE e a aceitação da moeda unica na Aliança com a TROYKA. E agora a cinco meses das eleições autarcas vem tentar uma vez mais enganar os eleitores que querem saír da TOYKA. Só acredita quem quer. Agora gostaria de saber a opinião do candidato EX-CDS a independente e a dos independentes saudosistas do passado? Não dizem nada? Só gostam de difamar e aldrabar os politicos?
governar um País não deve tarefa nada fácil , mas aceitam-se criticas aos anteriores governos desde que sejam construtivas. A minha esperança é que se aprenda com os erros do passado.
O problema de quem vota contra é que está sempre contra, e mesmo que a posição dos lideres seja ajustada mais à esquerda, o PCP vota contra.
Não estão totalmente errados, mas também não estão totalmente certos. As politicas têm de ser progressistas e não o contrário para o País evoluir.
Mas não deixa de ser verdade que cada vez estamos mais na mer**
14:51 devia saber que o BE votou contra. Mas a CDU se é contra porque é que tem eurodeputados há anos a mamar milhares, tal como o BE? A velha teoria do somos contra, mas sabe muito bem encher o bolso.
Quanto aos independentes, não se preocupe. Por terem as suas opiniões pessoais é que são independentes e não são obrigados a aceitar o que o partido diz, muitas vezes contra os seus próprios ideais.
Recomendava-lhe ler, informar-se de vários ângulos e depois formar opinião.
A internet não serve só para dizer disparates. Contém muita e boa informação.
É que com tanta repetição, tornou-se apenas o papagaio de serviço.
"Se não o conseguirmos dentro da zona euro, a saída poderá passar a ser uma necessidade" e "O líder do PS reiterou a posição do partido, defendendo um governo relegitimado em eleições que tenha força para renegociar a dívida. O problema que se coloca é óbvio: e se a Europa disser não?
A primeira afirmação e a pergunta seguinte são o cerne da questão sobre a qual os portugueses devem ser esclarecidos e os políticos têm medo de responder!
Se abandonarmos o Euro o que acontece na vida quotidiana do português relativamente aos salários, ao poder de compra e aos créditos, se os tiver, obviamente, nos bancos?
Se a Europa recusar renegociar a divida o governo do partido socialista avançará mesmo para a saída do Euro?
Vai o partido socialista informar os portugueses que se sairmos do Euro haverá uma nova moeda, possivelmente o novo Escudo, que será desvalorizada,assim que entre em circulação, em pelo menos 80%?
Vai o partido socialista explicar aos portugueses o que significa uma desvalorização da moeda?
Mário Soares, enquanto 1º ministro desvalorizou a moeda, em obediência ao FMI, mas nunca explicou no que isso e traduzia!
O investidor húngaro que é conhecido por ter apostado contra a libra esterlina em 1992 defende que a Alemanha deve decidir se quer refazer o projecto europeu no seu formato original ou abandonar a moeda única.
George Soros esteve em Barcelona para inaugurar a sede europeia de uma rede de fundações que criou no Velho Continente, e deu uma entrevista ao “El Pais” onde critica o papel desempenhado pela Alemanha na gestão da crise na Zona Euro.
Para o investidor, a região tem de combater a crise orçamental dos países do Sul com a emissão de obrigações europeias conjuntas - os chamados Eurobonds. Além de defender a emissão imediata de Eurobonds - medida a que a Alemanha se opõe - o investidor acredita que a política de austeridade que está a ser seguida é errada para responder à crise da dívida.
Por isso, o Soros defende que a Alemanha deve decidir entre abraçar o projecto europeu tal como foi concebido originalmente ou abandonar a moeda única.
“A Alemanha deve decidir se quer refazer a Zona Euro da forma que estava destinada a ser, o que supõe aceitar as responsabilidades e encargos necessários para avançar nessa direcção, ou, caso contrário, deve considerar sair do euro e deixar que o resto dos países criem as obrigações conjuntas europeias e combatam a crise”, disse ao “El Pais”.
George Soros defendeu ainda que a saída da Alemanha não iria levantar problemas aos restantes países do Euro. Pelo contrário. “O efeito sobre os países devedores seria quase miraculoso. De repente, converter-se-iam em economias competitivas e a sua dívida diminuiria enormemente, em termos reais, com a depreciação do euro”, afirmou.
Já a Alemanha, teria de lidar com o peso de uma divisa mais forte do que o euro, retirando-lhe competitividade nos mercados internacionais.
“O peso do ajuste recairia sobre a Alemanha, que seria capaz de lidar com ele, embora com dificuldades, porque de repente os seus mercados ver-se-iam inundados de importações do resto da Europa. Assim, todos os bens alimentares lhes chegariam de Espanha e de Itália e a maioria seria mais barata do que a produzida pela Alemanha. Teria, talvez, certos problemas com o desemprego. E Espanha recuperava-se.”
Não há alternativa ao fim da austeridade
O investidor que ficou conhecido por ter apostado contra o Banco de Inglaterra, em 1992, acredita que a Europa não tem alternativa a não ser abandonar as políticas de austeridade e defende que as obrigações conjuntas têm de ser emitidas o quanto antes.
“Todos compreendem que não se pode reduzir o peso da dívida reduzindo a despesa pública em condições como as actuais”, afirmou. “Uma vez que o o endividamento é uma relação da dívida com o produto interno bruto (PIB), se se reduz a despesa, baixa-se o PIB numa proporção maior e acaba por se agravar o problema. Isto foi percebido em todo o lado, salvo na Zona Euro.”
Soros defendeu que a Zona Euro precisa “de alterar a política que está a empurrar a Europa para uma depressão de longa duração e a aumentar as diferenças e as divergências de competitividade. Isto está a separar cada vez mais os países devedores e credores, criando uma interacção catastrófica.”
As obrigações europeias têm de ser emitidas agora, de forma a permitir abandonar as actuais políticas de austeridade que estão a agravar a recessão económica. “A situação continua a deteriorar-se, por isso há que fazer algo mais drástico para alterar a direcção o quanto antes.”
“Não há alternativa a converter dívida existente em obrigações europeias. Depois, o custo de financiamento cairia e os juros equilibrar-se-iam ou, inclusivamente, registariam um excedente pelo que haveria espaço para os estímulos fiscais. Seria o fim da austeridade.”
jornal de negocios
DUPLICATA
Há tu és um independente do BE, muito bem. Quando é que o BE votou contra? O único partido politico que votou conta à entrada de Portugal na CE foi o PCP. os homens que criaram o BE votaram a favor da entrada de Portugal na CE e até a entrada da moeda única, agora é tarde foi uma arma apontada aos portugueses com a cumplicidade dos partidos com assento na AR salvo o PCP e mais tarde a CDU. Esta é uma indesmentível verdade, que a história contará.
Carta abrtta ao PRÓS e CONTRAS
Bom Dia Fatima Ferreira,
Desde já desejo um bom debate eu aqui estarei para o assistir.
Este é o debate que considero mais importante, e espéro que venha acordar os nossos politicos a tomar uma decisão séria que nos venha a dar de novo a nossa independencia, estamos a precisar de Afonso Henriques 900 anos depois.
Eu estou plenamente de acordo que Portugal saia do EURO o mais rapidamente, por declaração do Presidente da Republica.
Portugal não precisa ser humiliado e rebaixado, então onde estavam os grandes economistas e politicos á 10 anos que nos meteram numa moéda que valia mais 30% do que a moéda Americana! Como pode um cidadão de classe média associar-se a um cidadão milionario! Os nossos politicos já pensavam que iriam mandar na comunidade Europeia, e esqueceram-se que "quando a esmola é grande o pobre desconfia" .
Sr. Durão Barroso não passa de ser manipulado com os cordéis do banco Europeu, já é tempo que Portugal chame todos os deputados Europeus para casa. Aqui esta o problema "com papas e bolos se enganam os tolos" é claro que os partidos politicos gostam de receber essas verbas pagas aos deputados do parlamento Europeu, mas o que estão la a fazer, e quanto estamos nós a contribuir para esse grande luxo?
Convencer os nossos vizinhos Espanhois a sair tambem do Euro
Portugal e Espanha criarem uma moeda unica na peninsula Ibérica que tenha um valor adequado e consuante a economia actual
Portugal e Espanha manterem livre cambio
Vantagens de sair do Euro:
Portugal e Espanha assim teriam mais de 60 milhões de Habitantes na peninsula Iberica.
Criar mais cambio com o Brasil, America do Sul, Africa, Asia, India, America do Norte.
Não ter medo nunca sairiam do continente Europeu geograficamente.
Melhor controlar as exportações e importações, aplicando tarifas ao que não nos interessa importar.
Adequerir mais turismo derivado a nossa moéda voltar a ser mais actractiva.
Adequerir mais remessas dos nossos imigrantes derivado á nossa moéda ser mais actrativa
Adequerir mais investimento estrangeiro.
Vamos Portugal, não ter medo
Luis Pereira
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