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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Desemprego. Saíram 44 mil pessoas dos ficheiros do IEFP

  Instituto chamou 400 mil desempregados para actualizar dados. Saíram dos ficheiros 44 mil pessoas em Fevereiro, entraram 54 mil
O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) chamou quase 400 mil pessoas em Janeiro e Fevereiro para actualização da base de dados e para atribuir a alguns desempregados um gestor de carreira. O resultado foi a saída dos ficheiros do instituto de 44 mil pessoas, só em Fevereiro, e a entrada de 54 mil novos pedidos no mesmo mês. O número é semelhante ao do mesmo mês do ano anterior (43 mil) e inferior ao de 2011, quando saíram 48 mil pessoas da base de dados do IEFP.
De acordo com uma resposta do Instituto do Emprego à Assembleia da República, foram convocadas 393 mil pessoas nos primeiros dois meses do ano para comunicarem com os respectivos centros de emprego: em Janeiro, “169 mil pessoas candidatas a emprego, e 224 mil em Fevereiro”, lê-se na resposta.
Destas comunicações (presenciais ou via postal) resultou a saída de 44 mil pessoas da base de dados do instituto e a entrada de 54 mil novos casos, de acordo com a mesma resposta. Em 2012, no mesmo mês, saíram 43 mil, e 48 mil em 2011. Ao mesmo tempo, entraram 57 mil em Fevereiro de 2012 e 48 mil no mês homólogo de 2011.
Os dados do IEFP surgem depois de deputados do PS terem questionado a instituição sobre uma alegada limpeza de desempregados para fazer baixar as estatísticas. Ao i, o presidente do IEFP, Octávio Oliveira, explicou na altura que se tratava de um procedimento normal e que tinha vários propósitos, entre eles a atribuição do gestor de carreira ou informações sobre o programa Impulso Jovem.
Agora, na resposta, o IEFP reforça essa leitura dizendo que “a convocatória de pessoas desempregadas que se encontram inscritas nos centros de emprego e formação profissional é um acto normal que decorre da actividade do IEFP” e que teve “várias finalidades”, como a “apresentação de ofertas de emprego ou outras intervenções técnicas, como a avaliação de oportunidades em medidas de emprego ou programas ocupacionais”, para além da “participação em sessões de informação com o objectivo de encontrar caminho para a inserção socioprofissional dos candidatos”.
Os deputados do PS acusavam o IEFP de estar a limpar registos. Na pergunta relatavam denúncias feitas aos socialistas segundo as quais as convocatórias mais não seriam que “um embuste”, uma vez que não é apresentada nenhuma proposta de trabalho ou de formação ao desempregado. E, por isso, concluem que esta acção tem “como objectivo excluir das bases de dados de desempregados os cidadãos convocados que não comparecem”. A esta crítica, o IEFP diz que é normal o procedimento de controlo mensal, via postal ou presencial, uma vez que é importante “garantir a actualização permanente do ficheiro” para que o instituto possa fazer melhor a correspondência entre a oferta de emprego e a procura.
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