.

.

.

.

domingo, 14 de abril de 2013

Arménio Carlos diz que Governo vê "apenas cifrões"

 O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, afirmou hoje que, perante a carta que Passos Coelho endereçou à "troika", o Governo "já não tem capacidade para governar" e que "só vê apenas cifrões".
Arménio Carlos disse, em declarações à Lusa, durante a "Marcha Contra o Empobrecimento" realizada hoje em Lisboa, que a intenção de Passos Coelho de fazer uma convergência da lei laboral entre público e privado "é mais uma declaração de guerra que está a fazer aos trabalhadores da função pública", sendo que "este Governo já demonstrou que não tem capacidade para governar, ao não ser vendo apenas cifrões".
O líder da CGTP-IN frisou que o Executivo "já entendeu que tem poucos dias de vida, mas quer fazer nestes poucos dias o máximo que puder para fazer o acerto de contas com os direitos, liberdades e garantias fundamentais que a Constituição consagra".
Segundo Arménio Carlos, a carta enviada pelo primeiro-ministro à "troika" (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) "visa reduzir salários, direitos e as condições de acesso à proteção social e à saúde".
O sindicalista sublinhou que, se as medidas propostas por Passos Coelho, forem aplicadas na administração pública, "a seguir iam dizer que tinham de ser implementadas no setor privado. Só que a conceção de igualização deste Governo é sempre por baixo".
O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho sugeriu, em carta à "troika", a criação de uma tabela salarial única e a convergência da lei laboral e dos sistemas de pensões público e privado, como opções para compensar a inconstitucionalidade de normas orçamentais.
A CGPT-IN reuniu hoje alguns milhares de manifestantes em Lisboa, dia em que terminou a "Marcha Contra o Empobrecimento", um protesto contra as políticas de austeridade do Governo.
Entre as palavras de ordem dos manifestantes estavam "desemprego em Portugal é vergonha nacional", "trabalho sim, desemprego não", "é só cortar e roubar quem vive a trabalhar", "é preciso, é urgente correr com esta gente".
«i»

Sem comentários: