Jó era um fazendeiro abastado e o Diabo apostou com
Deus que se este lhe tirasse tudo menos a vida esse homem não
continuaria a ser um servo fiel.
O Diabo perdeu a sádica jogada. Toda
e qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência, já que nem
os portugueses são ricos, nem Passos Coelho é Deus, nem Merkel o Diabo,
mas parece que o primeiro-ministro está convencido de que se tirar tudo
aos cidadãos, salários, bens, escola, saúde e até a dignidade, eles
aguentam com paciência de Jó. Sim, só pode ser esse o sentido das suas
palavras: admitir que as suas políticas têm sido violentas, injustas e
estéreis e que, mesmo assim, os portugueses tudo aguentam. Caso
contrário, a que propósito elogiaria a sua paciência? Só não se percebe
muito bem a radical mudança de opinião do PM. Afinal, há poucos meses,
considerava o seu povo piegas, queixinhas, lamechas, e, agora, entende
que somos muito tolerantes e submissos. Talvez o problema maior seja
mesmo esse – Passos não tem a mais pálida ideia de quem são os
portugueses. É um primeiro--ministro que ignora os que governa. E isso
sim, é de tirar a paciência a um santo.
Fonte:«CM»Enviado por um leitor

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