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segunda-feira, 4 de junho de 2012

PACOTE LABORAL


Jerónimo pede a PR que clarifique se 'cumpre juramento'
O secretário geral do PCP desafiou hoje em Viseu o Presidente da República a dizer se "renega" ou "cumpre" o juramento que fez sobre a Constituição quando decidir se promulga ou não o pacote laboral.
Jerónimo de Sousa sublinhou que "Cavaco Silva tem de ser coerente com o juramento que fez. a Constituição proíbe os despedimentos sem justa causa, mas, da forma como a lei foi alterada, dando um carácter subjetivo às razões para o despedimento, sem justa causa, leva a um confronto, a uma colisão com a Constituição da República".
"Mas poderemos falar quanto ao direito da contratação coletiva, mesmo aos cortes nos feriados pelo seu valor histórico, valor social, razões não faltariam. Creio que o Presidente da República tem de acertar a sua posição. Das duas uma, ou com o juramento que fez ou renegando esse juramento", disse o secretário geral do PCP em tom de desafio.
O líder comunista apontou ainda a mira ao antigo diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Europa, António Borges, a quem o Governo indicou para liderar a equipa que vai acompanhar as privatizações em Portugal, colocando em linha os seus alegados "salários significativos" e a defesa que faz da diminuição dos salários em Portugal.
"António Borges não está a pensar (quando propõe baixar salários) em relação aos que têm salários significativos, está a pensar na generalidade dos trabalhadores portugueses. E isto é tanto mais escandaloso quando é sabido que em relação á zona euro nós temos dos salários mais baixos da União Europeia", disse.
Jerónimo de Sousa, que esteve hoje em Viseu para acompanhar os trabalhos da IX Assembleia da Organização Regional de Viseu do PCP, lembrou, sem deixar de apontar o dedo a António Borges, que "um terço dos trabalhadores portugueses vive com 475 euros" e que "há centenas de milhares de trabalhadores que vivem com 600, 700 euros".
Fonte:«Lusa» 
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