Não se preocupem aqueles que pensam que a Câmara não vai sair do buraco
financeiro onde se encontra. Vai e mais depressa do que se julga. Assim pensam
os estrategas.
Se a receita do IMI for parar à Câmara Municipal de Alpiarça, como consta no postal de aviso de pagamento emitido pelas Finanças, o bolo referente ao ano de 2012 proveniente deste imposto, vai ser um autêntico Jackpot! Os alpiarcenses irão, de modo geral e de uma forma escandalosa e persecutória pagar as dívidas deixadas pelos "políticos de excelência".
Muitos deles, coitados, com problemas de saúde e míseras reformas de pouco mais de 200 Euros. Outros que trabalham mas não conseguem metade do ordenado mínimo nacional, terão de pagar o que foi decidido pela avaliação do fisco por decisão dos políticos.
E agora dirão alguns leitores: Mas esses, pelos seus fracos rendimentos estão isentos...se até os ciganos romenos ganham mais e não pagam impostos...
Puro engano. Vamos citar o que havia sido escrito até há bem pouco tempo, pelo "Estado Social", a pensar no cidadão de baixos recursos:
"Os prédios de reduzido valor patrimonial tributário de sujeitos passivos de baixos rendimentos tem isenção?
Sim. Ficam isentos de IMI os prédios rústicos e urbanos pertencentes a sujeitos passivos cujo rendimento bruto total do agregado familiar englobado para efeitos de IRS não seja superior ao dobro do valor anual da retribuição mínima mensal garantida e cujo valor patrimonial tributário global não exceda 10 vezes o valor anual da retribuição mínima mensal garantida..."
Pois é. Só que as cabecinhas pensadoras da política entenderam que, quem tem casa própria é uma pessoa que pode perfeitamente pagar impostos independentemente dos rendimentos que aufira. Então o que fizeram foi aumentar de modo descarado e vergonhoso (500% e em alguns casos quase 1000%) habitações com 30, 40 e 50 anos, (muitas delas em mau estado devido às fracas possibilidades económicas dos seus proprietários para um restauro) atribuindo-lhes um valor por metro quadrado como se de uma construção recente se tratasse. Isto é, os pobres que tinham moradias de baixo valor e por isso não pagavam IMI, passaram de um momento para outro a ter riqueza, por imposição do Estado, só para não alterar a Lei (que até parecia mal) e os obrigar a pagar impostos. Sim, por que o valor atribuído aos imóveis, na maioria dos casos, pelas novas avaliações do fisco, não tem qualquer paralelo com a realidade, indo muito além dos valores actuais de mercado.
Uma vergonha nacional.
Curiosamente, o Bairro dos 46 Fogos,da zona do Eucaliptal, perto da Casa do Povo e Centro de Saúde, inaugurado pelo então presidente da Câmara Municipal de Alpiarça, Olímpio Oliveira, há precisamente 31 anos,apareceu com moradias registadas nas Finanças para fins de avaliação como tendo umas 25 anos outras 27 anos, quando na realidade já contam 31(!) criando assim diferenças significativas no imposto final devido ao coeficiente de vetustez.
Uma vergonha de natureza local (para quem a tem,é claro).
As Finanças dizem que estes dados vieram efectivamente da Câmara Municipal de Alpiarça!(?) Como é possível mais esta trapalhada, se foi a própria Câmara a construir o bairro com moradias de renda económica e contrato assinado com os inquilinos por 50 anos?
Alguns proprietários que entretanto compraram as casas em que viviam já reclamaram da idade das moradias tendo em alguns casos visto uma redução de 4000€(!) no valor patrimonial do imóvel. Os outros que não reclamam (como dizem alguns funcionários públicos locais que não vamos mencionar) se não dizem nada é porque concordam!
Onde nós chegámos, meu Deus!. ..
Por: Xico Frade
Se a receita do IMI for parar à Câmara Municipal de Alpiarça, como consta no postal de aviso de pagamento emitido pelas Finanças, o bolo referente ao ano de 2012 proveniente deste imposto, vai ser um autêntico Jackpot! Os alpiarcenses irão, de modo geral e de uma forma escandalosa e persecutória pagar as dívidas deixadas pelos "políticos de excelência".
Muitos deles, coitados, com problemas de saúde e míseras reformas de pouco mais de 200 Euros. Outros que trabalham mas não conseguem metade do ordenado mínimo nacional, terão de pagar o que foi decidido pela avaliação do fisco por decisão dos políticos.
E agora dirão alguns leitores: Mas esses, pelos seus fracos rendimentos estão isentos...se até os ciganos romenos ganham mais e não pagam impostos...
Puro engano. Vamos citar o que havia sido escrito até há bem pouco tempo, pelo "Estado Social", a pensar no cidadão de baixos recursos:
"Os prédios de reduzido valor patrimonial tributário de sujeitos passivos de baixos rendimentos tem isenção?
Sim. Ficam isentos de IMI os prédios rústicos e urbanos pertencentes a sujeitos passivos cujo rendimento bruto total do agregado familiar englobado para efeitos de IRS não seja superior ao dobro do valor anual da retribuição mínima mensal garantida e cujo valor patrimonial tributário global não exceda 10 vezes o valor anual da retribuição mínima mensal garantida..."
Pois é. Só que as cabecinhas pensadoras da política entenderam que, quem tem casa própria é uma pessoa que pode perfeitamente pagar impostos independentemente dos rendimentos que aufira. Então o que fizeram foi aumentar de modo descarado e vergonhoso (500% e em alguns casos quase 1000%) habitações com 30, 40 e 50 anos, (muitas delas em mau estado devido às fracas possibilidades económicas dos seus proprietários para um restauro) atribuindo-lhes um valor por metro quadrado como se de uma construção recente se tratasse. Isto é, os pobres que tinham moradias de baixo valor e por isso não pagavam IMI, passaram de um momento para outro a ter riqueza, por imposição do Estado, só para não alterar a Lei (que até parecia mal) e os obrigar a pagar impostos. Sim, por que o valor atribuído aos imóveis, na maioria dos casos, pelas novas avaliações do fisco, não tem qualquer paralelo com a realidade, indo muito além dos valores actuais de mercado.
Uma vergonha nacional.
Curiosamente, o Bairro dos 46 Fogos,da zona do Eucaliptal, perto da Casa do Povo e Centro de Saúde, inaugurado pelo então presidente da Câmara Municipal de Alpiarça, Olímpio Oliveira, há precisamente 31 anos,apareceu com moradias registadas nas Finanças para fins de avaliação como tendo umas 25 anos outras 27 anos, quando na realidade já contam 31(!) criando assim diferenças significativas no imposto final devido ao coeficiente de vetustez.
Uma vergonha de natureza local (para quem a tem,é claro).
As Finanças dizem que estes dados vieram efectivamente da Câmara Municipal de Alpiarça!(?) Como é possível mais esta trapalhada, se foi a própria Câmara a construir o bairro com moradias de renda económica e contrato assinado com os inquilinos por 50 anos?
Alguns proprietários que entretanto compraram as casas em que viviam já reclamaram da idade das moradias tendo em alguns casos visto uma redução de 4000€(!) no valor patrimonial do imóvel. Os outros que não reclamam (como dizem alguns funcionários públicos locais que não vamos mencionar) se não dizem nada é porque concordam!
Onde nós chegámos, meu Deus!. ..
Por: Xico Frade
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7 comentários:
Um texto sem dúvida esclarecedor do que vai por aí. Significa que é a maneira de pôr aqueles que têm um "buraquito" onde se meter, a pagar impostos para tapar "buracões financeiros" que não são de sua responsabilidade. Lembro aqueles que terão de tirar à boca e à saúde, para pagar ao fisco. A palavra de ordem é aumentar o valor patrimonial sem qualquer critério honesto e sério.
Afinal as pessoas são as mesmas. Os seus rendimentos são os mesmos. O seu património é o mesmo, embora mais degradado, só que agora maquiavelicamente sobreavaliado para fins de impostos.
Esta sobreavaliação vai retirar a isenção que tinha, por ser de baixo valor patrimonial e agora ultrapassar os limites estabelecidos na lei. E o mais caricato é que, se o dono tiver que vender o património para pagar às Finanças ninguém lhe vai dar sequer metade daquilo que foi por eles avaliado, porque quem dita as regras são as leis de mercado e não os políticos ou avaliadores ao serviço das finanças.
O Estado deve ser, acima de tudo, uma pessoa de bem.
Francisco Mariano
No final cada Municipio faz o que quer com essas verbas
por exemplo o ano passado a camara da Chamusca devolveu grande parte desse valor (IMI)
Ó senhor comentador das 12.07, essa devolução não teria sido parte dos 5% de IRS que a câmara recebe do Estado referente aos contribuintes residentes no Concelho que descontaram?
Pergunto eu.
No final cada Municipio faz o que quer com essas verbas
por exemplo o ano passado a camara da Chamusca devolveu grande parte desse valor (IMI)
Não é muito meu hábito vizitar blogues mas hoje à hora da bica gerou-se uma conversa acesa em certo café patelaria por causa das avalaliações das casas onde toda a gente concordadva que era um roubo descarado que nos astavam a fazer. Alguém me disse para vir ler o Alpiarcense que estava aqui um artigo interessante a falar no assunto dos aumentos do IMI.
Tenho de dar os meus parabéns a quem trata destes assuntos com seriedade e sem papas na língua. Os dados estão aqui e já agora gostava de ver alguma reacção de quem diz que defende o povo.
Pela minha parte j+a ganharam mais um leitor e vou aconselhar a ler como fizeram comigo. Nós precisamos de alguém que nos esclareça e informe com verdade,
Estamos fartos de gente sem palavra.
Fernando C.
Já me estava a esquecer esta carta a Cavaco Silva é de uma classe que nem tenho palavras.O velhote com setenta e tal anos sabe o que diz e realmente é duro o que nos estão a fazer.
Cumprimentos
Fernando C.
A ser verdade o que é dito aqui pelo autor do texto,e não temos razões para duvidar, presumindo que esteja na posse de elementos que lhe permitam fazer tais afirmações, haverá naturalmente lugar para explicação do sucedido da parte das entidades envolvidas.
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