As
obras de ampliação do Centro de Estágios
Carlos Coutinho
não descarta modernização do estádio municipal mas isso não é prioridade.
As obras de
ampliação do edifício sede do Centro de Estágios e Formação Desportiva de Rio
Maior já principiaram com a colocação do necessário resguardo em torno do
terreno onde será construído o novo conjunto de 16 quartos duplos, como se
noticiou na edição anterior. Mas...
Dias depois os
trabalhos foram interrompidos. Porquê, Carlos Coutinho?
– Era uma paragem
que já estava prevista, devido à passagem de cabos de média tensão da EDP
naquele local que têm que ser alterados pela própria EDP –, explica a este
semanário o administrador da Desmor, empresa municipal gestora do Parque
Desportivo de Rio Maior.
Coutinho espera
que a breve trecho o problema esteja solucionado, para que as obras sigam o seu
curso normal e estejam concluídas até dezembro.
Como também já se
noticiou, além da construção dos quartos a Desmor vai aproveitar a oportunidade
para introduzir alguns melhoramentos noutros espaços da sua “unidade
hoteleira”. O administrador esclarece o que vão fazer e com que meios:
– Não estava
previsto haver alterações na áreas comuns de utilização do Centro de Estágios
mas entendemos que seria melhor apostarmos na melhoria de alguns espaços,
porque, dada a ocupação crescente que temos vindo a verificar e a possibilidade
de acolhermos mais trinta e duas pessoas com a utilização dos novos quartos, as
áreas comuns de utilização poderiam tornar-se exíguas para uma ocupação
permanente de toda a capacidade do edifício. Por isso aproveitámos a
possibilidade de incluir esses melhoramentos nas obras a realizar, e também com
financiamento de fundos comunitários: alterámos algumas coisas para pouparmos
aí e podermos fazê-los. Assim, vamos ampliar um pouco a sala de refeições e
aumentar um espaço que temos, para criar aí um novo ginásio, uma nova sala de
força. Ao mesmo tempo também criaremos mais um espaço para recuperação dos
atletas ou seja mais uma sauna e um jacuzzi, porque a zona que temos neste
momento para utilização pelos atletas é pequena e hoje, com a intensidade de
utilização que registamos, já sentimos dificuldades, que decerto se iriam
acentuar com o crescimento da ocupação que irá decorrer da maior oferta de
camas que vamos disponibilizar. Iríamos ter muitas dificuldades na gestão dos
espaços tal como estão, quando tivermos mais gente no Centro, que é o que
esperamos que venha a acontecer!
- Aliás, já
estamos a trabalhar na promoção do Centro com vista à ocupação dos espaços que
estamos a construir.
Como a obra tem
financiamento comunitário, aproveitando aquilo que era o custo reduzido da
adaptação deste espaços, conseguimos incluir estes melhoramentos z fazer nas
áreas comuns de utilização pelos atletas – sublinha
Por falar em
melhoramentos, falemos também do Estádio Municipal, uma infraestrutura que está
subaproveitada e que nem sequer pode acolher um jogo da 1.ª Liga ou a da
Seleção Nacional do Ronaldo, do Nani, do Raul Meireles, do Rui Patrício, etc.,
porque não reúne as condições exigidas pela UE FA. Será que a Desmor tem a
resolução dos constrangimentos existentes prevista, não digo para já mas a
prazo? – perguntei.
Sem descartar
essa possibilidade, Carlos Coutinho fala da filosofia da Desmor no que respeita
à modernização das instalações desportivas:
-Tudo aquilo que
temos vindo a fazer de investimento nas nossas instalações desportivas nos
últimos dois anos tem sido sempre com
vista a criarmos melhores condições de utilização para a prática desportiva.
Aquilo que temos
vindo a fazer no estádio e o que pretendemos fazer no futuro para que esses
jogos possam realizar-se em Rio Maior, com alguma regularidade, embora tenhamos
conseguido, num passado recente, a sua utilização por parte da Federação
Portuguesa de Futebol para a realização de três jogos da Selecção Sub-21
masculina e dois ou três da Seleção feminina. É uma boa taxa de ocupação por
parte da Federação.
Neste momento
temos várias condicionantes à realização de mais jogos, como seja o tamanho dos
balneários, a necessidade de criarmos melhores condições para os operadores de
câmara das televisões conseguirem trabalhar melhor, se bem que as tenhamos
melhorado um pouco…E queremos continuar a investir para rendibilizar o
estádio.
Agora para jogos
do campeonato da 1.ª Liga, tudo aquilo que tem sido alterações decorrentes das
exigências para os estádios de há uns cinco anos para cá, como seja o sistema
de vídeo interno CCTV (circuito fechado de televisão) no túnel, a entrada para
as bancadas através de torniquetes, os sistemas de vigilância nas bancadas,
outros sistemas de segurança que atualmente são exigidos, bancadas com cadeiras
que o nossos estádio não tem, são tudo investimentos de montantes elevados que
não é possível fazermos sem que tenhamos aqui um “clique” que nos faça avançar
nesse sentido.
Quando a
administração da Desmor entende fazer alguns melhoramentos fá-lo sempre em
função das necessidades que nos sejam criadas: criam-nos as necessidades e nós
respondemos com os melhoramentos. Portanto quando nós sentirmos que estamos a
ficar pressionados para a realização de alguns eventos para os quais não
tenhamos condições, nessa altura vamos imediatamente investir nesses
melhoramentos.
Não fazemos
investimentos nas instalações sem serem necessários no imediato, até porque
hoje em dia as condições financeiras do país obrigam-nos a repensar muito os
investimentos a fazer.
Queremos manter o
nosso investimento na melhoria da qualidade das instalações desportivas, manter
o nível que elas têm para utilização pelos atletas de alto rendimento mas a
pensar, igualmente, nos atletas dos clubes locais e na população do nosso
concelho, sempre na perspectiva de garantirmos a maior qualidade e conforto,
tanto para os praticantes como para a assistência
Transcrição
integral da entrevista que o alpiarcense Carlos Coutinho, administrador da
Desmor, concedeu ao jornal “Região de Rio Maior”. Ao leitor que nos
concedeu a informação e respectivo jornal, os nossos agradecimentos
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