Sindicato acusa empresas de distribuição de recrutar trabalhadores de férias ou de folga para trabalhar no 1º de Maio.
O CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, que avançou com
um pré-aviso de greve para o Dia do Trabalhador, acusa as empresas da
grande distribuição de estar a convocar colaboradores que estejam de
férias ou de folga para trabalharem no feriado de amanhã, 1º de Maio.
Em declarações ao Económico, a dirigente do CESP, Isabel Camarinha,
garante que as empresas estão a recorrer a "ilegalidades" para obrigar
os trabalhadores a estarem nas lojas amanhã. A dirigente sindical
afirmou que o CESP tem conhecimento que no grupo Auchan "estão a reunir
com os trabalhadores para os pressionar, por exemplo, a trocar horários.
No caso do Pingo Doce estão a tentar que quem está de férias venha
trabalhar amanhã", entre outras práticas que a dirigente sindical
considera serem "para reduzir o número de trabalhadores que decide não
vir trabalhar". Para já, ainda não é possível quantificar a adesão à
greve prevista para amanhã, mas Isabel Camarinha acredita que "haverá
muitos que não vão trabalhar e as empresas vão tentar substituí-los por
outros que estão de férias ou de folga".
Sobre a ameaça das empresas marcarem falta injustificada a quem
aderir à greve, a mesma responsável afirma que "não pode ser considerada
falta injustificada por há um pré-aviso de greve. A dirigente sindical
alerta ainda para o facto de "os trabalhadores estão muito
pressionados".
Confrontada com as acusações do sindicato, fonte oficial Sonae MC,
onde se inclui a marca Continente, salientou que "a informação divulgada
pelo CESP não é verdadeira. Privilegiando a defesa dos interesses dos
portugueses, do sector e dos seus colaboradores, a Sonae MC vai abrir as
suas unidades no dia 1 de Maio, nos mesmos termos do ano passado". De
acordo com a mesma fonte, no ano passado "todas as unidades da Sonae MC
estiveram em funcionamento, demonstrando a vontade e o interesse da
esmagadora maioria dos colaboradores."
Amanhã o CESP tem agendado várias acções no período da manhã junto
das grandes superfícies em todo o País para se inteirar da adesão à
greve. No Dia do Trabalhador os únicos operadores da distribuição que
não abrem portas é o Dia Minipreço e o El Corte Inglés. As marcas
Continente (Sonae), Pingo Doce (Jerónimo Martins), Jumbo (grupo Auchan),
Lidl já assumiram que estarão a trabalhar.
«DE»
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