Um banco é um lugar onde lhe emprestam um chapéu-de-chuva
quando está bom tempo e pedem-no de volta quando começa a chover. Esta
frase do poeta Robert Frost nunca foi tão actual. Com zero pressão para
fazerem reformas (ou já esqueceram?), os bancos estão a falhar no seu
papel.
Têm recebido chorudos empréstimos do BCE, ganhando tempo para
esconder a toxicidade e criando bancos subsídio-dependentes. E ainda
recebem ajuda da troika, evitando a nacionalização parcial que esses 12
mil milhões acarretariam.
O governo também lhes fez o favor de
comprar as pensões dos seus funcionários, agora quer dar-lhes as maiores
reformas dos cidadãos, o seu IRC continua a ser português-suave e já se
viu livre da dívida das ilhas. Na verdade, toda a Europa está há cinco
anos a inundar estas instituições financeiras de dinheiro enquanto chora
cada tostão para os países, mesmo que o essencial esteja por cumprir.
Afinal, os bancos refinanciam-se, mas empresas e famílias continuam sem
ver a cor do dinheiro. É a banca que está a viver acima das suas
possibilidades. Sobretudo, está a viver muito acima das nossas. Já sem
qualquer chapéu. E olhem que não há muitos.
Fonte:«CM»Enviado por um leitor
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