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domingo, 29 de abril de 2012

Chapéu!

 Um banco é um lugar onde lhe emprestam um chapéu-de-chuva quando está bom tempo e pedem-no de volta quando começa a chover. Esta frase do poeta Robert Frost nunca foi tão actual. Com zero pressão para fazerem reformas (ou já esqueceram?), os bancos estão a falhar no seu papel.
Têm recebido chorudos empréstimos do BCE, ganhando tempo para esconder a toxicidade e criando bancos subsídio-dependentes. E ainda recebem ajuda da troika, evitando a nacionalização parcial que esses 12 mil milhões acarretariam.
O governo também lhes fez o favor de comprar as pensões dos seus funcionários, agora quer dar-lhes as maiores reformas dos cidadãos, o seu IRC continua a ser português-suave e já se viu livre da dívida das ilhas. Na verdade, toda a Europa está há cinco anos a inundar estas instituições financeiras de dinheiro enquanto chora cada tostão para os países, mesmo que o essencial esteja por cumprir. Afinal, os bancos refinanciam-se, mas empresas e famílias continuam sem ver a cor do dinheiro. É a banca que está a viver acima das suas possibilidades. Sobretudo, está a viver muito acima das nossas. Já sem qualquer chapéu. E olhem que não há muitos.
Fonte:«CM»
Enviado por um leitor

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