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| Por: Vanda Luciano Arqueóloga |
Enfim, é o país que temos…Mas quando é para votar não nos vão buscar a casa, confesso que poupava gasolina, ao preço que esta se encontra.
Dizem que não havia represálias, para quem não respondesse, nem as tais coimas para o preenchimento errado, as cláusulas abusivas abundavam. Cada vez mais acredito que nos rodeamos de mecanismos não para fazer o retrato do pais mas para nos imiscuirmos, na vida alheia, é um Estado quase ditador…Voltaram também os chamados “bufos” e vive-se um ambiente de terror…
Enfim, estendendo este panorama dos censos, pus-me a pensar, isto vai bem vai…em termos laborais, os recibos verdes (são serviço prestado por empresário por conta própria, levam o “couro e o cabelo”), a questão de saber quem estava em nossas casas ao dia 21 de Março ás “h da manhã? Enfim, palavras para quê?
No trabalho com a crise anda tudo com medo…e depois é aí que aparecem os “bufos”, que resolvem arranjar confusão e entrar no “diz que disse” para se safarem e prejudicar o próximo…é assim tipo questionário…dizem o que querem e prejudicam quem querem é preciso é apertar o cinto e visto que há reduções por aqui e ali, salvaguardam a sua pele, pondo a do outro em jogo…
Convenci-me de algo de há uns tempos para cá, que cada um fica com aquilo que merece, com os empregados que merece, pois o que é bom é ser mau colega, “bufo”, ver os erros dos outros sem ver os seus, ser uma “real besta” mas no fim de contas “é o maior”.
Este retrato é de um país cheio de vícios, em que as pessoas passam discursos incongruentes de demagogia, de falsidade, de luxo e muitas das vezes nem o que comer têm; ou por vezes têm dinheiro a mais que lhes compra a formação, mas não a educação. Se lermos as críticas de Eça de Queiroz no séc. XIX, tudo se aplica até hoje…Então eu pergunto, evoluímos tecnologicamente (deixamos os carros de bois e carroças e temos carros, quem tem…) mas continuamos os mesmos, a viver nas aparências, de ilusões infundadas e com um discurso de inverdade…
Como já perceberam os Censos foi só uma forma de iniciar este desabafo que me tem corroído a alma…
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