João Osório |
João Osório entrou para a câmara de Alpiarça no final da década de setenta do século passado. Admitido para Apontador e fazendo também as funções de Servente de Armazém. Habituado ao rigor do seu antigo emprego onde tinha a responsabilidade de gerir os stocks de um grande armazém de vestuário, cedo veio a demonstrar que "desleixo" e "deixa andar que isto é Estado" não eram "clichés" que entravam na sua maneira de estar na vida.
Capacidade organizativa, colaboração, humildade, respeito por um grande encarregado, seu superior hierárquico e a confiança que este depositava nele, aliados à sua assimilação rápida de conhecimentos e porque não dizê-lo,a sua conotação política, levaram-no para o apoio administrativo ao então presidente de câmara Eng.º Raúl Figueiredo, onde viria a fazer assinalável trabalho com o Adjunto do dito presidente de câmara.
Entretanto em Dezembro de 1997, a CDU perde as eleições autárquicas para o PS, as incompatibilidades começam desde logo nos primeiros dias de 1998 quando Rosa do Céu lhe retira as funções até aí exercidas e não lhe destina funções, nem gabinete onde trabalhar, valendo-lhe na altura o seu amigo Manel Colhe que lhe viria a ceder uma cadeira e uma pequena secretária nas caves da câmara.
Entretanto as coisas aparentemente começaram a correr bem ao Osório porque devido a ausência prolongada da funcionária das compras o João regressa à sua "praia" e assume embora de forma provisória a responsabilidade da secção de compras e interligação com o armazém camarário, mas como se compreende, os atritos eram constantes, embora não perceptíveis para os colegas e tudo era usado para dar uns "chás" ao Osório. Era imperativo, o João Osório tinha de sair, era "persona non grata", para Rosa do Céu, era o espião inimigo infiltrado para lá das linhas.
Pede transferência e é aceite na Direcção Geral dos Impostos e desde logo a sua avidez de aprender, capacidade de liderança, conhecimentos de informática nas aplicações da DGCI, o catapultam para lugar de destaque na Repartição de Finanças de Alpiarça onde desde logo é correia de transmissão entre Chefe e colegas. Por parte dos munícipes é admirado por uns, odiado por outros, como são na generalidade todos os funcionários das finanças.
Entretanto, eleito deputado municipal na bancada da CDU em oposição ao executivo liderado por Rosa do Céu, cedo se destaca como verdadeiro líder de bancada e empreende uma verdadeira "guerra" contra o executivo de maioria socialista, contra a poluição da Vala Real, contra a mortandade de peixes, contra o mau funcionamento das ETAR's, fazendo do tema Ambiente o seu cavalo de batalha. A sua preocupação com o endividamento da câmara é notória e várias vezes chama a atenção que o município pelas contas da CDU já ultrapassara os limites do endividamento, sendo categoricamente desmentido sempre pelo então presidente de câmara.
Chega-se a 2009 e começam a alinhavar-se as listas para as autárquicas, João Osório é dado praticamente como certo nas listas à câmara, mas a tal desconfiança que geralmente as populações têm contra os funcionários das finanças, a CDU entende que ele deve manter-se pela assembleia municipal. Activo e incansável militante do PCP, João Osório está em tudo o que é campanha eleitoral e bate-se freneticamente pela vitória da CDU, com especial destaque no apoio ao candidato a presidente de câmara, não admira por isso que com a vitória da CDU, seja ele o escolhido para Chefe de Gabinete do prof. Mário Fernando, actual presidente de câmara.
Quanto aos seguros, quero acreditar que o Executivo não ia mentir perante uma assembleia municipal e dizer que os seguros estiveram sempre em dia, como o fez o prof. Mário Fernando, Presidente da Câmara. Este assunto não deverá ainda morrer por aqui e outros desenvolvimentos haverá com toda a certeza.
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