Carlos
Silva, o próximo secretário-geral da UGT, afirma que “o País não tem condições
para entrar em greves gerais” e prefere “outras formas de luta, pontuais”. O candidato
único a substituir João Proença garante que não ficará satisfeito só por ter
“50 ou 100 mil pessoas na rua”.
Uma das duas principais centrais sindicais
portuguesas, a União Geral de Trabalhadores (UGT), vai ter um lider que
não acredita na eficácia das greves “a torto e a direito” e que alega a falta
de condições, por parte de Portugal, para a existência de uma paralisação
geral. Carlos Silva, o único candidato a substituir João Proença, garante mesmo
que, “neste momento, o País não tem condições para entrar em greves gerais, a
não ser que seja uma coisa que una os portugueses”.
Isto porque “há outras formas de luta, pontuais”, que
podem dar melhores e mais rápidos resultados do que as paralisações “greves a
torto e a direito”. Uma greve, especialmente uma geral, “é sempre a última
forma de luta”, explicou Carlos Silva, numa entrevista ao Diário Económico.
Em vez de apostar na “greve pela greve, em agitação
por agitação”, o próximo secretário-geral da UGT quer que toda a forma de luta
tenha um “pressuposto”, como poderá ser, exemplificou, a defesa do Estado
Social: “o pressuposto é o que nós vamos conseguir com isso. Se a ideia é só
manifestar à opinião pública e as televisões que conseguimos meter 50 ou cem
mil pessoas na rua, isso para mim não basta”
«PT/J»
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