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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Entidade de Contas promete intensificar fiscalização em ano de autárquicas

A presidente da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) disse hoje que vai "intensificar" o controlo de despesas e receitas na campanha das autárquicas, classificando esta eleição como a mais complexa.
"A ECFP intensificará o seu papel de controlo de despesas e de análise de receitas e não hesitará em tomar as providências necessárias sempre que se depare com ilícitos de natureza criminal, ou ilícitos relacionados com as subvenções públicas", afirmou.
Margarida Salema d`Oliveira Martins discursava após tomar posse do cargo de presidente da ECFP, para um segundo mandato de quatro anos.
Questionada sobre a ação da Entidade nas próximas eleições, Margarida Salema disse que a eleição autárquica, prevista para este ano, é a mais complexa, uma vez que são 308 campanhas e à qual se podem candidatar grupos de cidadãos que podem concorrer aos órgãos municipais e de freguesia.
Frisando que a função principal da ECFP é o controlo das despesas declaradas face às efetivamente realizadas, a responsável afirmou que nas eleições autárquicas, por vezes, os partidos não conseguem controlar desse ponto de vista as estruturas locais.
"Por vezes o que sucede é [pensarem] que se puserem mais um cartaz e se fizerem aquele comício ou aquele almoço porventura terão mais votos e esse é o problema espalhado pelos 308 municípios e que nós teremos que estar naturalmente a verificar", exemplificou.
"Em ano de autárquicas se torna bastante complexo. Trata-se de uma campanha vastíssima, em todo o país, e sobretudo envolvendo grupos de cidadãos", acrescentou.
No seu discurso, Margarida Salema reconheceu a existência de "divergências de aplicação da lei" entre a Entidade e os partidos políticos, matérias sobre as quais o Tribunal Constitucional fixará "brevemente" jurisprudência.
De acordo com a responsável, "o que resulta das campanhas eleitorais do ano de 2011, em que houve três campanhas, verifica-se um cumprimento maior" da lei do financiamento dos partidos políticos e das campanhas eleitorais.
"De 2009 até à atualidade, parece-me que ter melhorado o grau de cumprimento. Melhorou substantivamente em todos. Ainda grassa uma cultura de incumprimento que vai com certeza sobressair na campanha das autárquicas porque é justamente a campanha onde não há controlos internos muito restritivos", disse.
Antes, o presidente do Tribunal Constitucional, Joaquim Sousa Ribeiro tinha afirmado que nas eleições de 2011, sobre as quais ainda não foram proferidos acórdãos, "vários partidos conseguiram o pleno da legalidade e da regularidade", o que mostra o "esforço sério e empenhado em adequar as suas práticas" à lei.
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