Devo confessar que sou um leitor assíduo de blogues, nomeadamente daqueles que falam da minha terra: Alpiarça. Pelo menos não faço aquela figura de muitos que, quando se menciona por qualquer motivo, o Jornal Alpiarcense, fazem-se sonsos e desconhecedores da sua existência mas, não há dia que não deitem por lá os mirones para ver se falam mal ou bem deles ou mesmo se falam simplesmente deles. Enfim, eles lá saberão porquê.
Nas minhas passagens por este jornal, tenho encontrado assunto, relevante, de interesse local, opinativo, crítico, a par como é normal, de alguns comentários menos éticos cujo objectivo é provocar atritos e animosidades sobre pessoas e institituições. É claro que quando assim é, não podemos estar de acordo. Defendemos isso sim, a denúncia do que está mal. A crítica construtiva nas suas várias formas. Apontando o dedo ao que está mal mas, realçando também o que de bom se fez. Chamando à atenção para os incumprimentos e para aquilo que foi cumprido.
Ultimamente e porque o ano é de eleições, tenho visto por aqui muitas opiniões assaz pertinentes e ao mesmo tempo curiosas. É claro que cada candidato, através dos seus apoiantes, chega brasa à sua sardinha. Mas, dos vários textos que tenho lido, alguns autores parecem destacar-se pela neutralidade e apresentam alguns cenários políticos que a acontecerem, merecem alguma reflexão.
Há alguns dias, o articulista Almeirante, dizia neste jornal:
"Ninguém cante vitórias nas circunstâncias presentes. Ninguém pense que são favas contadas. E tenham a certeza de que mais um candidato a concorrer ao município alpiarcense, repito no contexto actual, pode causar desequilíbrios impensáveis na distribuição dos votos e, consequentemente, na composição dos nossos eleitos autárquicos. Coisa nunca antes registada no concelho de Alpiarça."
Agora, é Bruno da Conceição que opina:
"Se isso acontecer vai acontecer uma coisa que nunca aconteceu em Alpiarça mas que teórica e matematicamente é possível, a CDU ganha as eleições e elege o presidente e o vice-presidente da câmara, mas fica em minoria porque a oposição vai eleger 3 vereadores. E aqui volta a acontecer outra coisa que nunca aconteceu em Alpiarça. Das duas uma: ou a CDU convida para o executivo a tempo inteiro o Pedro Gaspar, para o ter do seu lado e ter a maioria ou convida o Francisco, pelo mesmo motivo. Se nem o Francisco nem o Gaspar aceitarem o convite ou mesmo que aceitem e nem sempre estiverem de acordo, algumas deliberações da câmara podem ser chumbadas pela oposição e a câmara de Alpiarça tornar-se-ia ingovernável e obrigaria a ir para novas eleições.
Se esse cenário da novas eleições acontecer, já se está mesmo a ver quem ganhará!..."
Será que vamos ter mesmo em Alpiarça o "impensável" o "inédito" em termos políticos?
Será que estes articulistas têm razão?
Só nos resta esperar para ver.
Noticia relacionada:
"ARTIGO DE OPINIÃO: O Francisco (não o novo papa) t...":
1 comentário:
Estou com o Bruno da Conceição quando diz:
"Se isso acontecer vai acontecer uma coisa que nunca aconteceu "(!)
Completamente de acordo.Eu não teria dito melhor.
"Passava se não passasse quem passou..."
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