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sábado, 9 de abril de 2011

"Não tenho medo das eleições"...

Na abertura do congresso do PS, o secretário-geral disse estar pronto para disputar a vitória nas próximas eleições, não temendo o julgamento democrático dos portugueses. "Tenho orgulho naquilo que fizemos por este País", disse em Matosinhos.
“Eu não sou dos que fogem, não sou. Eu não viro a cara às dificuldades. A minha responsabilidade é lutar, dar o meu melhor e honrar a confiança dos portugueses, servindo o meu País”, referiu esta noite José Sócrates num discurso de 18 páginas que precisou de quase uma hora para ser lido por ser constantemente interrompido pelas palmas dos delegados.
Por ter “orgulho naquilo que fizemos por este País, naquilo que fizemos para modernizar Portugal”, o secretário-geral dirigiu-se aos “camaradas e amigos” no Congresso para garantir não ter “medo das eleições, nem do julgamento democrático dos portugueses”. “Eu confio no julgamento dos portugueses e lutarei, com alegria, pela vitória”, acrescentou.
“A direcção do PSD terá as eleições que tanto desejou. Mas atenção, meus senhores: uma coisa é ter eleições, outra bem diferente é ganhá-las. Porque para ganhar eleições é preciso merecê-lo. E esta crise política mostrou que esta direcção do PSD merece tudo menos ganhar eleições”, sintetizou o líder socialista.
“Portugueses saberão julgar o que aconteceu”
À imagem do que tem feito desde que apresentou a demissão ao Presidente da República na sequência do chumbo do PEC IV no Parlamento, também esta noite Sócrates lembrou aos militantes (e pelas televisões, indirectamente, aos portugueses) que o “grande esforço” que os portugueses estavam a fazer “devia ter merecido um mínimo de respeito e consideração por parte dos partidos da oposição”.
Para o governante agora em gestão, abrir uma crise política passou “todas as marcas da leviandade”. E “nesse preciso momento o líder do PSD só sabe fazer contas ao jeito que lhe pode dar abrir uma crise política?!”, questionou.
“Os portugueses saberão julgar o que aconteceu. Os portugueses percebem muito bem que esta crise política foi um desastre, uma inconsciência”, conclui Sócrates
«JN»

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