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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Jerónimo de Sousa: "Não se dá a um náufrago com sede água salgada"

Vanda Luciano
Arqueóloga



Estou profundamente agastada com a troca de culpas e insultos entre os dois maiores partidos, parecem uns miúdos a brigar no recreio, por causa de um carrinho. Mas desta vez a questão não é um carrinho, é um “carrão”!
O FMI é “cego”, e as pessoas desabituaram-se de poupar, vivem acima do que podem e não conseguem face ao aumento de tudo fazer face ás despesas. Com a entrada deste gigante, vamos empobrecer mais, os que já se encontram há muito no limiar da pobreza. Em 1983, era mais fácil, agora face a toda esta mudança de hábitos, habituarmo-nos a viver acima do que podemos, não vai ser fácil reeducar o modus vivendi dos portugueses…
Em 1983 tínhamos dois grandes partidos, com dois grandes homens que usavam quase de regras de cortesia e protocolares para se enfrentarem (veja Álvaro Cunhal e Mário Soares), agora temos o “diz que disse” e depois o“já não disse”. Enfim, os portugueses desacreditaram da política e andam arredados, as forças medem-se pela mentira, pelo engano do povo português e como diz, muito bem, Jerónimo de Sousa, parece que nos querem matar ao dar-nos água salgada.
Não compreendo porque não se unem esforços para resolver esta trapalhada, não entendo um PR que se cala e nada diz, enfim, não entendo nada de nada. Acredito, que podemos inverter a situação, que podemos fazer algo, mas para isso já devíamos ter visto o potencial que temos em Portugal, uma costa fantástica, geograficamente estamos bem localizados, bom clima, muito património, pessoas capazes de desenvolver projectos, um manancial de terras que podemos aproveitar para a agricultura, apoiando quem precisa, estudando a viabilidade das culturas, do tipo de solos, incentivando os jovens. A solução passa por criar condições para tornar a nossa balança comercial equilibrada, exportar mais e importar menos…
Atenção que eu pouco sei de economia, mas considero que esta troca de insultos não vai de certeza ajudar, a economia não se faz com demagogia, com palavras, mas sim com quem quer trabalhar, precisamos de tecnocratas e não de demagogos!
"In Jornal de Negócios"

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