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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dificuldades dos bancos motivaram resgate a Portugal

O pedido de ajuda externa de Portugal deveu-se às dificuldades financeiras dos bancos, revelou fonte governamental.
"O factor fundamental que levou a que o Governo solicitasse esta ajuda foram as dificuldades financeiras do sector financeiro, nomeadamente quanto ao risco de falta de liquidez e de levantamento de depósitos, e não tanto por dificuldades de financiamento do Estado", disse a mesma fonte.
O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou na quarta-feira que o Governo português decidiu fazer um pedido de assistência financeira à Comissão Europeia, decisão que adiantou ter sido comunicada ao Presidente da República.
"O Governo decidiu hoje mesmo [na quarta-feira] dirigir à Comissão Europeia um pedido de assistência financeira de forma a garantir as condições de financiamento do nosso país, ao nosso sistema financeiro e à nossa economia. Fizemo-lo nos termos que têm em conta a situação política nacional e as limitações constitucionais do Governo, como Governo de gestão", declarou então o primeiro-ministro.
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, apoiou o apoio ao pedido de ajuda financeira externa feito pelo Governo, acrescentando que o seu partido está disponível para apoiar "um quadro de ajuda mínimo" a negociar pelo Executivo.
Já o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, garantiu ao primeiro-ministro que o pedido de activação dos mecanismos de auxílio financeiro será tratado "da forma mais expedita possível, de acordo com as regras pertinentes".
Na terça-feira, o Jornal de Negócios noticiou que os principais bancos portugueses tinham decidido cortar o crédito ao Estado, exigindo um pedido de ajuda intercalar de 15 mil milhões de euros, depois de a agência de notação Fitch ter descido o 'rating' dos bancos portugueses.
No dia seguinte, também a Moody's desceu a classificação de risco de incumprimento da dívida dos bancos, o que, segundo explicou à Lusa o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), António de Sousa, deixou os bancos nacionais sem dinheiro para emprestar ao Estado e tornou "urgente" um pedido de ajuda à Europa.



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