Os consumidores vão começar a sentir na factura o impacto da subida do crude.
A subida do preço do petróleo vai chegar à factura da electricidade e do gás natural. Desde o início de Dezembro do ano passado, com o despoletar dos conflitos no mundo árabe, que o barril de crude descolou do patamar dos 80 dólares para se aproximar dos 120 dólares. Na última sexta-feira fechou nos 115,97 dólares.
Com uma oferta restrita no mercado liberalizado, os consumidores domésticos de electricidade sofrem na pele os numerosos encargos que vão à tarifa regulada. E na conta do próximo ano, definida em Outubro, terão de suportar não só o forte aumento dos encargos com as renováveis e a cogeração, como o incremento dos custos das matérias-primas usadas pelas centrais a gás natural e a carvão. Mas apesar da maior flexibilidade negocial, os clientes industriais, cujas tarifas reguladas acabaram no final de 2010, também não escaparão. O director-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, Paulo Vaz, lembra que a electricidade já disparou 23% a 25% no segmento de média tensão, devido aos encargos com os custos de acesso à rede eléctrica. Números que não incluem a componente energia, que compõe também a factura paga pelo consumidor e que começou agora a disparar.
Também os consumidores de gás natural, quer sejam domésticos, industriais ou do sector eléctrico, começarão já a partir das próximas semanas a sentir na factura o impacto da escalada do preço do petróleo. Um reflexo que é, por regra, mais imediato para os automobilistas.
Com contratos de aquisição de gás natural de longo prazo, designados por ‘take or pay', as empresas fornecedoras vêem-se forçadas a rever, em média, os preços a cada três meses.
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