Em conformidade com as últimas estimativas do Conselho Internacional de Cereais (CI), divulgadas em 20 de Janeiro último, durante a presente campanha agrícola vão produzir-se no mundo cerca de 809 milhões de toneladas de milho e consumir-se 842 milhões de toneladas. A diferença de 33 milhões de toneladas que existe entre a procura e a oferta disponível constitui uma boa oportunidade para um sector que possui um elevado potencial e se quer mais competitivo. Dinamismo e competitividade foram apelos lançados aos mais de 450 participantes do 6.º Encontro Nacional do Milho realizado há dias em Santarém.
Segundo Luís Vasconcellos e Souza, presidente da Anpromis – Associação Nacional dos Produtores de Milhos e Sorgo, o “milho afigura-se como uma única cultura capaz de, em extensão, vir a ocupar uma parte significante dessa área, contribuindo para o desenvolvimento económico do Alentejo e para o imprescindível acréscimo do nosso Produto Agrícola Bruto”.
O maior desafio com que a fileira do milho se depara em Portugal é o aumento do nosso grau de auto abastecimento, aproveitando também para isso as novas áreas de regadio que vão surgindo. Há necessidade de se encontrar um equilíbrio para os sectores pecuários que tradicionalmente consomem maiores quantidades de milho, como os bovinos de leite, suinícola e avícola. Na verdade, o facto de estes sectores não conseguirem fazer repercutir no consumidor final, os recentes aumentos verificados na alimentação e a energia são constrangimentos actuais para o sector.
«RM»
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