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sexta-feira, 11 de março de 2011

O que dava algum prestigio a Alpiarça se esvai….

A pouco e pouco, tudo o que ia dando algum prestigio a Alpiarça se esvai, como areia que cai por entre os dedos...(Publicado por: Movimento Alpiarça é a Razão / PS)
Júri do II Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo
No dia 28 de Fevereiro, a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) apresentou no pequeno auditório do CNEMA, em Santarém, o II Concurso de Vinhos Engarrafados do Tejo – que este ano se realiza no Cartaxo – e o II Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo – a decorrer em toda a região vitivinícola do Tejo, de 5 a 20 de Março, sen do o Cartaxo o município com mais restaurantes aderentes. O Concurso de Vinhos Engarrafados do Tejo, que antes era realizado em Alpiarça, muda-se este ano para o Cartaxo, decorrendo nos dias 28 e 29 de Abril, durante a Festa do Vinho. “Estamos convencidos que, com a boa recepção da Capital do Vinho, estão reunidas condições para que tudo corra bem”, afirmou José Gaspar, presidente da direcção da CVR Tejo.
No ano passado, quase uma centena de vinhos foram levados a concurso. José Gaspar apela aos agentes económicos para uma maior participação, defendendo a qualidade como o grande factor de diferenciação. “A região tem dado grandes passos qualitativos. É através da qualidade que os vinhos do Tejo se têm imposto e ainda bem que assim é”, acrescentou.
Pedro Gil, vereador da Câmara Municipal do Cartaxo e responsável pelo projecto Cartaxo – Capital do Vinho, esteve entre os oradores desta apresentação pública e sublinhou a confiança que a CVR Tejo depositou no município do Cartaxo. “Agradeço por terem confiado em nós. Da nossa parte, podem esperar o maior empenho, para que o evento seja um sucesso e, acima de tudo, fique na memória das pessoas”, referiu Pedro Gil, que aproveitou também a oportunidade para lançar o convite para que visitem a Festa do Vinho.
O enólogo João Sardinha, que mais uma vez vai presidir o júri deste concurso, apontou como principal novidade a informatização do sistema de avaliação dos vinhos, uma melhoria que “vai permitir um acompanhamento mais próximo do concurso, tornando a avaliação mais eficaz e mais rápida”, reforçou.
A Confraria Enófila de Nossa Senhora do Tejo é também uma entidade parceira deste concurso. Pedro Castro Rego, Grão-Mestre da Confraria, afirmou que “procuraremos potenciar e colaborar para garantir a máxima visibilidade do evento e para que a parceria com a CVR e a Câmara Municipal do Cartaxo seja exemplo de sucesso”.
Com este concurso, a CVR Tejo – e agora numa parceria com a Câmara Municipal do Cartaxo – pretende estimular a produção de vinhos de qualidade, valorizar o nível técnico e comercial dos vinhos e potenciar sinergias para uma melhor promoção dos vinhos da região.
Seis restaurantes do concelho do Cartaxo presentes no II Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo
Depois do sucesso da primeira edição, a CVR Tejo voltou este ano a lançar o desafio aos restaurantes da região vitivinícola para participarem no Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo, que conta nesta edição com 30 restaurantes – 18 a participarem pela primeira vez e 12 repetentes. O concurso decorre de 5 a 20 de Março.
No concelho do Cartaxo, seis restaurantes decidiram participar no concurso, fazendo do Cartaxo o município com mais restaurantes aderentes. São eles Cavalaria 7, Cernelha, Rosa Alta, Taberna do Gaio, O Batalhoz e Taberna do Alfaiate.
“No ano passado os objectivos foram atingidos, esperamos que este ano os atinjamos ainda com maior sucesso”, referiu Teresa Batista, da CVR Tejo. Promover o melhor casamento entre os vinhos do Tejo com os sabores das iguarias da região é o principal objectivo deste concurso, que irá premiar as melhores cartas de vinhos do Tejo, de azeites e de vinagres da região, a promoção e o melhor restaurante (tradicional e gourmet). Haverá a entrega de diploma de prestígio, ouro e prata.
Dirigindo-se aos representantes dos restaurantes aderentes, Mário Louro, presidente do júri do concurso, sublinhou que “os vinhos do Tejo têm uma grande montra aberta na região. Ela está nas vossas casas”, constatando que “tem havido uma preocupação crescente em servir melhor. O serviço é mais cuidado e o atendimento cada vez mais perfeito”. Mário Louro considerou que há ainda situações a melhorar e que o concurso desempenha um papel “acima de tudo didáctico”.
Os prémios do Concurso de Vinhos Engarrafados do Tejo e do Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo serão entregues no decorrer de uma gala que terá lugar no dia 28 de Maio, em Vila Chã de Ourique (Cartaxo).
Texto e mais  detalhes em:

6 comentários:

Anónimo disse...

Mas parece que o PS está contra alguma coisa que se vai fazendo por cá. Já foi posto em causa o Festival do Melão. Por outro lado o ex-presidente de câmara que até é o Big-Boss do Turismo, fez alguma coisa para ajudar Alpiarça a manter o concurso dos vinhos engarrafados? Ou está à espera que o PS/MAR volte ao poder em Alpiarça para depois dar uma ajudinha. Ah pois... o homem gosta de resolver tudo sózinho e nem cavaco dá aos seus vice-presidentes... quanto mais ajudar a manter o concurso em Alpiarça.

Anónimo disse...

Ajudar a manter o concurso em Alpiarça? mas se a justificação do Presidente da Cãmara é que os promotores quiseram que fosse no cartaxo, o que poderíamos nós fazer? Cruzar os braços, claro! Ou vinha cá o Rosa do Céu pedir por favor para se darem ao trabalho de dinmizar mais esta chatice? Assar umas febras no carril (porque os melões já lá estão...) dá muito menos trabalho, os camaradas garantem a assistência e no fim foi tudo um sucesso e um evento maravilhoso, sem comparação possível. Assim vai a nossa santa terrinha.

Anónimo disse...

Sem duvida que o vinho deu alma a Alpiarça durante muitos e muitos anos. Mas hoje o que temos? A maaior parte da vinhas estão arrancadas. basta ir pela estrada do campo e ver que praticamenta ate ao concelho de almeirim não há vinhas. E mesmo as vinhas que estão do nosso lado são nasua maior parte de produrores de almeirim. A propria adega de Alpiarça já tem diretores de almeurim e a maior parte do vinho é de almeirim. Fica aqui então a questão; será que vale a pena continuar a apostar num produto que está em decadencia no nosso concelho? ou é melhor apostar em produtos como o melão e a nossa gastronomia tradicional? Pensem nisso.

Anónimo disse...

Concordo com o comentador das 10:56. Não é rentável, nem sustentável manter em Alpiarça a Feira do Vinho e o concurso de vinhos engarrafados. Infelizmente no "campo" já poucas vinhas há e restam-nos algumas na "charneca" por mais meia dúzia de anos. Repare-se que até a adega cooperativa de Alpiarça se mantém aberta devido à entrada de vinicultores de Almeirim, já não havia massa crítica para manter a adega aberta e já teria fechado como aconteceu à da Chamusca. E POR FAVOR não digam que o desaparecimento das vinhas em Alpiarça são culpa dos comunistas. Porque os médios e grandes produtores que não perfilham essa ideologia foi quem praticamente arrancaram tudo. A agricultura está mal em Alpiarça, assim como em todo o país e o sector vinícola não foge à regra. O Festival do Melão até pode ter sido uma festarola, mas quer se goste quer não, o Melão e a Melancia ainda dão sustento a algumas centenas de pessoas em Alpiarça. A malta PS agora aproveita tudo para criticar, mas Alpiarça faz parte de Portugal e Portugal por causa de Sócrates e de quem o tem apoiado vai cair na miséria e provavelmente só se salva da Bancarrota para não arrastar a Espanha, a Irlanda, a Grécia e a Itália. O PS também tem agricultores nas suas fileiras e aqueles que não têm entre-olhos para verem só em frente também criticam as medidas governamentais que menosprezaram os agricultores e trataram-nos como gente de 2.ª ou 3.ª classe. Em breve o governo vai cair, vêm aí eleições e o PSD vai ganhar, depois durante anos os socialistas vão ser olhados de lado como os "GAJOS" da década perdida, como já lhes chamou o próprio presidente da República.

Anónimo disse...

Foi um erro crasso. O concurso de vinhos deveria ter permanecido em Alpiarça. O vinho é um sector com uma dinâmica incrível e o trabalho desenvolvido por entidades públicas e privadas nos últimos dez anos está a dar os seus frutos. Considerado como produto de excelência é cada vez mais apreciado lá fora. As Casas que neste momento se encontram bem posicionadas no mercado e a exportar os seus produtos para mercados tão competitivos como o Inglês e o mercado Americano estão neste momento a atravessar uma fase financeiramente saudável. Com a abertura do mercado asiático o nível de procura de vinhos Portugueses tem subido exponencialmente. (fonte INE e AICEP)

Temos duas cooperativas que produzem milhares de litros por ano:
-Coopvinhal
-Quinta da Gouxa - www.gouxa.pt

temos várias grandes casas agricolas:
- Quinta da Lagualva - www.lagoalva.pt
- vinhos Pinhal da Torre - www.pinhaldatorre.com
- Casa Paciência
- Quinta dos Patudos (marca)
- Agro-Alpiarça

Não sei se estes players foram consultados quando se tomou a decisão de abandonar o concurso em Alpiarça, mas se a resposta foi no sentido de abandona-lo, receio que tal facto apenas se deve à falta de credibilidade ou falta de uma visão dinamizadora por parte do executivo para fazer do vinho em Alpiarça um projecto de interesse nacional.

Penso que neste campo a oposição teria algo a dizer e ideias a partilhar, mas infelizmente não foi consultada.

Foi Alpiarça que ficou a perder com a falta de garra e visão de quem gere o conselho.

Anónimo disse...

Em resposta ao comentador das 14:30

Meu caro senhor, permita-me discordar redondamente.

Em Alpiarça somos todos agricultores, pois todos temos alguém na família que faz agricultura e nem o PS nem ninguém considera os agricultores como pessoas de segunda. Gostava apenas de relembrar que quando entramos na CEE e negociamos os Fundos Europeus para o desenvolvimento de Portugal o governo da altura presidido pelo Prof Cavaco Silva decidiu apostar na construção de estradas e pontes e outras formas de comunicações, bem como no desenvolvimento do sector industrial e de serviços, em detrimento da agricultura e pescas. Foi o modelo de desenvolvimento escolhido na altura e aplaudido por muitos. Infelizmente os agricultores franceses e espanhóis estavam melhor preparados para alimentar a europa e ficaram com as respectivas quotas produtivas.

Relativamente ao vinho este afigura-se como um sector dinâmico com projecção mundial, o que acontece é que não temos gestores a altura para incutir nas empresas e cooperativas a dinâmica necessária e a cooperação com os cooperantes necessária ao desenvolvimento de projectos empresariais no sector do vinho.

Não existe um projecto integrado ou concertação de produtores para que se criem condições para desenvolver projectos estruturantes no sector do vinho no ribatejo e em particular no concelho

Existem centenas de hectares de vinha nas charnecas, algumas ainda no campo e não me parece que um modelo de negócio semelhante ao desenvolvido pelas Casas Alentejanas, Casas do Douro e outras, no qual compram uva fora da sua região para nas suas adegas produzirem os respectivos nectares, fosse algo desajustado a um projecto para o vinho em Alpiarça.

Ninguém tem culpa pelo desaparecimento do vinho e da vinha em Alpiarça, e muito menos o partido comunista, mas a partir do momento em que assume as rédeas do concelho tem a responsabilidade de dinamizar, manter ou não destruir o que temos neste sector.

Quem afirma que agricultora esta decadente deveria olhar melhor à sua volta. Concordo até que determinada forma de fazer agricultura está à 20 anos em decadência. Mas a verdade
é que quem trabalha a sério a agricultura, quem investiu em meios mecânicos e tecnologia tem retornos interessantes. A Agro-industria veio dinamizar o sector e actualmente vemos os campos cultivados com diferentes tipos de culturas conforme a estação.

Sem o vinho como sector de referência para Alpiarça, resta-nos o melão e a melancia. O Festival do Melão foi uma festarola porque o executivo assim o projectou. Quando a oposição questionou que resultados foram obtidos com o Festival festarola como o diz, imediatamente se levantaram vozes a afirmar que a oposição estava contra o dito festival. Na verdade o que a oposição estava a tentar perceber era se existia alguma visão mais concreta sobre o Projecto Melão em Alpiarça, se existia um projecto mais alargado e concreto sobre o que pretende fazer do Melão em Alpiarça.

O que se ouviu na resposta foi que os resultados tinham sido fracos.

Na minha opinião fazer festas ou festarolas não será o mesmo que desenvolver um projecto integrado para o Melão em Alpiarça. Quanto muito um festival comemorativo de um projecto de projecção do Melão Made In Alpiarça - Aqui fica a dica!

O mesmo se aplica à feira agricola Alpiarça, que ainda hoje a oposição aguarda pacientemente os prometidos números sobre visitantes, receitas e custos da última feira de Alpiagra. Mais uma vez se constatou que se fazem festarolas e não Eventos de Projecção do que melhor se Faz na Terra.

É curioso como a escuridão para uns é a luz para outros, e desculpe-me a audácia mas acho que devia mudar as suas lentes.

Cumprimentos cordiais