Este tema, que surge recorrentemente na discussão nos blogs, não é um problema de falta de coragem de quem quer que seja (não entendo que a colocação de uma estátua possa ser entendida como acto de coragem ou de cobardia). Antes, este é um problema de afirmação (ou não) de uma memória de "classe", de orgulho pelo nosso povo, pelos nossos antepassados que viveram como viveram, que trabalharam como trabalharam, que lutaram como lutaram pela liberdade e pela democracia.Aqui, a divisão é entre os que assumem este património como seu, com todo o orgulho, e aqueles que, pelo contrário, ao longo destes 12 anos de poder autárquico, demonstraram quase sempre uma indisfarçável vergonha por este legado histórico, vergonha por pertencerem a este povo, vergonha até, em última análise, pelas suas próprias raízes familiares que parece, muitas vezes, tudo fazerem para esconder, porque podem pôr em causa um estatuto social que julgam ter alcançado. Este não é um problema só de Alpiarça, nem apenas deste tempo.Só a profunda identificação dos candidatos da CDU com este povo a que pertencem pode fazer realçar a dignidade do nosso passado histórico, de trabalho e de luta contra a miséria e o fascismo.A estátua "ao povo de Alpiarça", mandada executar ainda no tempo da CDU na Câmara, e que, estando pronta a inaugurar em 1997, foi danificada por desconhecidos de forma a não o poder ser, será, com certeza, colocada por um novo executivo liderado pelo Dr. Mário Pereira num espaço que dignifique Alpiarça e os alpiarcenses.Não posso esperar outra coisa das pessoas sérias e de confiança que estão com a CDU.
«Leitor do Jornal Alpiarcense"
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