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quinta-feira, 7 de março de 2013

ALELUIA: Custou.... mas foi!

Trabalhos de recuperação da Fonte Maria de Lurdes 


Casalinho, Alpiarça 


Nota da Redacção:

ATÉ QUE ENFIM!

Quem o diz, somos nós, aqui no jornal.

O administrador deste jornal levou anos (leu bem: “anos”) a escrever na imprensa regional o estado lastimável e de abandono a que esta “fonte” esteve sujeita por parte da autarquia.

“Ninguém” foi capaz de fazer obras de conservação na mesma.

Este “ninguém é dirigido aos mandatos socialistas, nomeadamente a Rosa do Céu e Vanda Nunes que nunca demonstraram o mínimo interesse em arranjar este pequeno "monumento" que faz parte do “Património Local”.

Criticas duras foram dirigidas e escritas contra Rosa do Céu e Vanda Nunes que sempre fizeram “orelhas moucas” pela sua incapacidade de proteger aquilo que faz parte da história alpiarcense.

Estes dois eleitos sempre mostraram um certo distanciamento e ignorância quanto à cultura local e em termos culturais dos ditos o autor sempre teve certas duvidas porque demonstraram durante o tempo  que dirigiram os destinos de Alpiarça que a “defesa do património” pouco lhe importava e até acusou-os de falta de sensibilidade para conservar aquilo que é de todos.

Ao recebermos hoje a noticia dos “Trabalhos de recuperação da Fonte Maria de Lurdes regozijamos de alegria porque afinal de quem menos esperávamos que fosse capaz de “arranjar a fonte” foi quem nos surpreendeu.

Fomos apanhados de surpresa pela iniciativa e desde já damos os nossos sinceros parabéns ao Executivo da CDU.

Ficamos sensibilizados e começamos a crer que este tardiamento faz parte de uma estratégia bem planeada a “médio plano”  do executivo que aos poucos quer demonstrar que nada esta esquecido e que se preocupa com o nosso património.

Património local este que é pouco mas que faz parte daquilo que é nosso.

Para quem não sabe a “Fonte Maria de Lurdes” situa-se em pleno Casalinho um pequeno lugar pertença do concelho que no século passado teve um papel importante em Alpiarça.

Era no Casalinho que se situava a “maior industria alpiarcense”.

Ali ainda se pode ver vestígios da antiga “Cerâmica Alpiarcense” propriedade do falecido Manuel José Coutinho.

Para esta cerâmica vieram os primeiros moradores do Casalinho, oriundos do Alentejo.

Procuravam no “lugarejo” e na “fábrica” melhores condições de vida e por aqui ficaram a viver.

Um povo sofredor e faminto de trabalho que bem longe da “Água do Vale da Lama” ouvia dizer que no Casalinho (ali para os lados de Alpiarça) havia trabalho para todos.

Vindo aos “magotes” ali assentaram arraiais para fazer do Casalinho uma “terra industrializada” onde se fazia os “melhores tijolos de burro”.

Vinham de “burro” ou a pé atravessando as terras secas para encontrar a “bucha” para os seus e terem a garantia da sua sobrevivência.

O Casalinho cresceu e desenvolveu-se à sombra da “cerâmica” e Alpiarça também.

Um dos “grandes” comerciantes” (alentejano) que veio trabalhar para o Casalinho bem cedo se apercebeu que ali “faltava qualquer coisa”.

Criou então a “Loja do Vences” como “base” para alimentar os trabalhadores da cerâmica.

Este homem foi António Vences, por acaso pai da esposa de Rosa do Céu.

Este comerciante criou estruturas de abastecimento para que nada faltasse aos trabalhadores da “fábrica da telha”.

Vendia de tudo e até o conhecido “enchido do Vences” não faltava. A sua qualidade era tal que muitos alpiarcenses se deslocavam semanalmente ao Casalinho para comprar os seus “enchidos”.

Manuel José Coutinho quis prestar uma pequena homenagem a uma das suas filhas. Preferidas.

Mandou então construir a fonte e deu-lhe o nome de “Maria de Lurdes”.

Era nesta fonte que os “alentejanos” depois de árduas horas de trabalho e cansados pelo peso do barro que saciavam a sua sede.

Uma água cristalina e sempre fresca que satisfazia a sede daqueles que fizeram crescer o Casalinho e tornaram este local o mais industrializado de Alpiarça.

Hoje, resta os escombros daquilo que foi a “nossa maior industria”.

Já alguém sugeriu nas páginas deste jornal que nos “restos da fábrica do tijolo” devia ser reconstruído para se tornar num “Museu de Cerâmica”.

Nunca se sabe”

Ao executivo da CDU as sinceras felicitações pessoais do administrador deste jornal
pela iniciativa

 António Centeio

8 comentários:

Anónimo disse...

Parabens, só é pena mesmo nao haver eleições 2 vezes ao ano, sábado ja altero a rota e toca a pedalar até ao vale da lama

Sommer disse...

Fomos e somos uma terra diferente das outras? Pois que o sejamos!

Leitores, comentadores, colaboradores e editores deste jornal, estamos cá para criticar o que está mal, mas também para elogiar o que se faz bem.

Caro administrador assino por baixo este seu post, aliás muito bem escrito, assim como as ideias sugeridas. Ainda me lembro da telha marselha fabricada pelo Manel Zé Coutinho, era em dezenas de quilómetros em redor a única fábrica a fazê-lo. Homens que trabalhavam o barro merecem ter um lugar de destaque na nossa história recente, era um trabalho a roçar o desumano, assim como os Arroteadores do Vale da Lama cuja história foi ou está a ser escrita por um alpiarcense, e ainda bem.

Museu da cerâmica, Museu Etnográfico, Museu Avieiro, Museu Agrícola, Museu do Azeite, Museu do Pão e outros podem coabitar todos no mesmo espaço, nem que seja com imagens e peças de máquinas que tragam à nossa terra visitantes que nos admirem pelo fomos e pelo que podemos ser.

Urge valorizar o nosso património e Alpiarça não tem nada que se envergonhar do passado, mesmo do passado pós revolucionário de Abril, também se aprendem com os erros.

Fomos e somos uma terra diferente das outras? Pois que o sejamos!

Sommer

Anónimo disse...

É verdade.

A nossa Câmara parecem aqueles jogadores em fim de contrato.

Só temos é que aproveitar.

Anónimo disse...

lolololol nem esperam que a obra acabe. agora para tentarem mostrar trabalho até mostram a obra ainda inacabada.

Ou é obras em desenhos, ou é obras não finalizadas.

é só rir com estes comunistas trapalhões

Anónimo disse...

Trapalhona é a oposição, minha senhora.

Anónimo disse...

São contra o desemprego. mas se aproveitam do mesmo para fazer algumas obras a custo zero de mão de obra.
mas não abdicam dos seus brutos ordenados,abonos,ajudas de custo,isenção de horários, etc, etc.
É A CONSCIÊNCIA DE CLASSE DESTA CLASSE POLÍTICA QUE DEFENDE A IGUALDADE, A DEMOCRACIA, O SOCIALISMO, UMA SOCIEDADE SEM CLASSES.

José da Sartela

Anónimo disse...

ó 17:54 o homem que está a recuperar a fonte Maria de Lurdes é foncionário da autarquia, tu que te disfarsas de Zé da Sartela jogas com um pau de dois bico, fazeste amigo dos comonistas por outro lado vens aqui na base da cobardia e do anonimato criticar aqueles que finjes apoear, porque assim te convem. deicha só passar mais uns anitos sem fazeres a ponta de um que a tua reforma hade chegar mas até lá levas anos e anos de boavida a viveres à custa dos outros.

Anónimo disse...

Estes camaradas defendem uma sociedade sem classes, 1ª classe, 2ª classe 3ª classe etc,etc, eles querem é que haja muitos analfabetos sem informação, para os poderem dominar e controlar a seu belo prazer.