Mobilidade. A palavra está na moda e mais não significa do que correr atrás do emprego. O pior é que, na actual conjuntura, os empregos correm mais do que nós. É preciso correr mais depressa.
O Estado nunca pensou em termos de empresa. Não precisava dar lucro e pouco se importava com a produtividade. Esta filosofia criou uma profunda injustiça em relação aos funcionários públicos.
Manuela Ferreira Leite colocou o dedo na ferida ao falar no "patrão falido", que acordou agora para a realidade. Tem empregados a mais, pouco dinheiro e não consegue movimentar a sua mão-de-obra para onde é precisa.
Um exemplo. A repartição de Finanças de Cascais tem menos 50 funcionários do que a lei estipula para um serviço com aquela cobertura geográfica. É preciso mais gente. Se um funcionário da Direcção-geral de Florestas de Palmela, que está no quadro de excedentários, receber formação adequada, porque é que não pode ajudar a repartição de Cascais? Porque mora longe. Respondem os sindicatos. Porque não tem incentivos. Dizem os partidos. É verdade. O emprego está lá. Se calhar a mais de trinta quilómetros de casa… mas demos demasiado avanço. O centro de emprego está mais perto.
Fonte«CM»Enviado por um leitor
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