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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Jerónimo de Sousa desafia PS a rasgar o acordo com a troika para não cair em contradição

"O PS que se defina. É um subscritor do 'Pacto de Agressão', então é  cúmplice desta política, não quer ser então rasgue essa assinatura e venha  para a luta contra esta situação em que nos encontramos, venha ser, de facto,  a oposição que agora não é", incitou Jerónimo de Sousa durante um comício  em Faro. 
O líder do PCP acusou o PS de se ter metido num "nó cego" ao querer  ser "da situação e da oposição ao mesmo tempo" e de querer ser visto como  opositor ao pacto sem renunciar ao que de mais grave ele contém.  
"Assinar o 'Pacto de Agressão' e as medidas que preconiza e depois vir  rabujar e criticar a sua aplicação conduz sempre a ser apanhado em contra  pé e em contradição", acrescentou. 
Jerónimo de Sousa teceu ainda duras críticas à decisão do Governo de  financiar empresas privadas de trabalho temporário em vez de combater efetivamente  o flagelo do desemprego. 
"Esta medida é brincar com os desempregados, abusar dos dinheiros públicos,  facilitar mais alguns amigos de empresas do trabalho temporário e apoucar  o próprio instituto de emprego e formação profissional", criticou. 
Segundo o secretário--geral do PCP, o objetivo fundamental da política  de direita do Governo é a de manter e pressionar um "exército de desempregados".
"Pressiona os desempregados pela vida que têm e, simultaneamente, quem  tem emprego porque quando estes reivindicarem salários, quando reivindicarem  um direito, lá vem a ameaça: "Se te fores embora tenho aqui mais dez para  colocar no teu lugar". Este é o objetivo fundamental de manter um exército  de desempregados", acusou. 
A taxa de desemprego disparou no quarto trimestre para os 14 por cento,  face aos 12,4 por cento observados no trimestre anterior, com o número de  desempregados a ultrapassar os 770 mil, segundo os últimos dados do INE.
A taxa de desemprego média anual situou-se nos 12,7 por cento, acima  da estimativa do Governo inscrita no relatório do Orçamento do Estado para  2012 e da estimativa da 'troika' (de 12,5 e 12,4 por cento, respetivamente).
 Lusa

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