Porf: Ramiro Marques |
No dia 8 de Fevereiro, terça-feira, a ministra da educação vai comparecer na Comissão de Educação e Ciência. O PSD vai inquiri-la sobre os contratos de associação e quer saber qual é o custo médio do aluno na escola estatal. Os deputados do PCP e do BE vão perguntar-lhe qual é o impacto que o Decreto-Lei 18/2011 terá no desemprego docente.
A ministra terá a esperá-la uma manifestação de pais organizada pelo SOS Movimento Educação. No mesmo local, à mesma hora, os professores das escolas estatais marcarão presença. Se tudo correr como o movimento 3R, Renovar, Refundar e Rejuvenescer, espera que corra, os professores vão comparecer com faixas pretas contra o desemprego docente.
A indignação alastra nas escolas e os professores contratados começam a tomar consciência das consequências que o Decreto-Lei 18/2011 terá na vida deles. Os cortes nos horários dos alunos e as alterações às matrizes curriculares não deixam margem para dúvidas: poucos serão os contratados que vão conseguir um horário completo em Setembro de 2011. Prevê-se a maior vaga de sempre de desemprego docente. No 2º CEB será uma hecatombe. Uma tragédia que afectará também milhares de professores dos quadros.
Os sindicatos não fecham as portas às negociações mas é cada vez mais evidente a vontade de se juntarem e tomarem a iniciativa dos protestos. O ambiente aquece e a revolta cresce. Desta vez, a ministra da educação conseguiu colocar todos contra as políticas educativas do Governo: directores das escolas estatais, professores das escolas estatais, pais e alunos das escolas privadas com contratos de associação e proprietários dos colégios que integram a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular.
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