Por: Ramiro Marques |
Em Setembro, o desemprego docente e os horários zero vão atingir os professores de todos os ciclos, do quadro e contratados.
À primeira vista, parece que os professores do 1º CEB serão poupados à hecatombe. Uma leitura simples e não cruzada do Decreto-Lei 18/2011 faz parecer que os cortes nas horas dos alunos e as reduções nas matrizes curriculares não afectam o 1º CEB.
Engano.
É preciso lembrar que o fim dos pares pedagógicos na disciplina de Educação Visual e Tecnológica vai deixar 7 mil docentes do 2º CEB, todos do quadro, com horários zero.
A maioria desses professores tem também habilitação para o 1º CEB. São oriundos dos licenciaturas em ensino básico, na variante de EVT. Efectivaram no 2º CEB mas têm habilitação profissional para o 1º CEB. Leccionei, durante os anos 80 e 90, a centenas de alunos desses cursos, hoje professores de EVT.
Entre serem atirados para a mobilidade especial e concorrerem para o 1º CEB, qual será a escolha dos professores de EVT? Obviamente, vão leccionar para o 1º CEB, tirando o lugar a 7 mil contratados no 1º CEB.
A vida está má para todos.
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