Aproveitando a “deixa” de um leitor deste jornal que não deixa de ter um é que os candidatos à autarquia não incluem nos seus “Programas Eleitorais” a entrega da divisão do terreno conhecido por “Mouchão do Inglês” aos pequenos produtores alpiarcenses?
Esta enorme área agrícola situada na melhor zona produtiva do concelho seria dividida por pequenas parcelas e depois arrendadas a preços simbólicos aos pequenos produtores e agricultores do concelho de forma a que estes se tornassem altamente produtivos e por sua vez contribuíssem em termos agrícolas para o crescimento dos produtos alpiarcenses, nomeadamente o melão, melancia, tomate e outros afins.
Tenho muitas dúvidas que o “PS/Alpiarça é a Razão” o consiga ou pretenda fazer porque todos aqueles que estão incluídos nas respectivas listas têm conhecimento dos maus resultados nesta área por parte da autarquia
Depois tem contra a iniciativa o descalabro e a má gestão da “AgroAlpiarça” cuja Câmara na qualidade de maior accionista e gestora ao longos dos anos ter vindo a demonstrar que não é capaz de gerir esta cooperativa. Aos poucos o mais que tem feito é ter vindo a desmantelar a mesma cujo património dia após dia diminui, para qualquer dia, aquilo que foi a “Adega do João Duarte” ser um enorme loteamento urbanístico.
A CDU que tanto defende os trabalhadores e a classe operária será capaz de incluir no seu “Programa Eleitoral” o arrendamento de pequenas parcelas do “Mouchão do Inglês” aos pequenos agricultores a preços simbólicos para que estes possam produzir os produtos alpiarcenses?
Julgo que não, porque depois do “25 de Abril” as ocupações selvagens que o seu partido fez (PCP) e a sua legião de assaltantes perderam-se no tempo e dissolverem-se com o vento para hoje nem sequer existir.
Quem não se lembra das dezenas de cooperativas que houve em Alpiarça, cujos bens foram ocupados para depois serem geridas por pessoas sem princípios e sem qualquer formação em gestão.
Ainda hoje estamos por saber o que fizerem ao que receberam (o património existente quando da ocupação) e daquilo que venderam e usurparam, enquanto donos e administradores dos bens dos outros.
Onde está e quem tem todo este valor patrimonial e financeiro?
Sim, “financeiro” porque algumas “Casa Agrícolas” tinham fortunas em vinho e aguardente (caso de António Duarte, João Duarte e família “Correia da Silva”. Lembro-me que o “Casa António Duarte” só em vinhos e aguardente tinha uma “pipa de massa”.
Quem vendeu estes produtos e que fizerem ao dinheiro?
Quem desviou as louças da família “Correia da Silva” mais conhecida pela “Quinta de São João” onde até roubaram os brinquedos que se encontravam no interior do “palacete”para serem encontrados nas mãos de uma criança, filho de um dos ocupadores, quando brincava inocentemente num passeio da Rua Maria Luísa Falcão ? (citação de escritos de A. Jorge)
Dos lucros da cooperativa “Mouchão do Inglês” que agora e segundo foi publicado neste jornal, já é propriedade de um empresário, onde está ou onde foi aplicado ou quem responde pela sua gestão?
Claro que não podemos pedir a promessa do arrendamento das parcelas do “Mouchão do Inglês” aos responsáveis do PSD ou do CDS, porquanto o responsável pelo primeiro nem sabe minimamente a história das “Cooperativas Alpiarcenses”, já que na altura vivia ou estava no Canadá e o segundo porque nem de Alpiarça é, quanto mais saber onde se situa o “Mouchão do Inglês”.
Pois então, só os candidatos do “PS/Alpiarça é a Razão” e candidatos da CDU que comecem a falar deste tema e que dêem a conhecer aos pequenos agricultores alpiarcenses o que pensam fazer sobre o “Mouchão do Inglês”.
Qual dos dois partidos é capaz de escrever no seu “Programa Eleitoral” que se vai interessar pela questão como prometer «fazer todos os esforços para que as parcelas do “Mouchão do Inglês” voltem a ser arrendados aos pequenos agricultores» (não aos grandes, senão ainda ficam maiores e então qualquer dia Alpiarça está novamente entregue e meia dúzia de famílias como esteve antes do 25 de Abril).
Fica aqui a “Deixa”.
Qual dos candidatos que é capaz de responder a esta proposta?
Nenhum!
Porquê?
Porque todos têm “rabo-de-palha”.
Se estão tão preocupados com o apoio aos seareiros e pequenos produtores agrícolas, como o demonstraram no “Parque do Carril” então que melhor oportunidade tem do que é proposto?
Vamos ver se são capazes e se podemos acreditar no Mário Pereira, candidato da CDU ou em Sónia Sanfona candidata do “PS/Alpiarça é a Razão”?
J.L.C.
4 comentários:
“Julgo que não, porque depois do “25 de Abril” as ocupações selvagens que o seu partido fez (PCP) e a sua legião de assaltantes perderam-se no tempo e dissolverem-se com o vento para hoje nem sequer existir.” …
Esta afirmação é forte e gravíssima ainda mais vinda de um provocador anónimo…
Meu caro senhor ou senhor não conhece a história de Alpiarça, ou tenho de lhe perguntar onde estava no 25 de Abril?!!...
Eu não conheço o que se esta a passar com a cooperativa Mouchão do Inglês…mas…
O Mouchão do Inglês eram terras abandonadas onde as pessoas que se juntaram para formar a cooperativa deram muitas horas do seu suor para desbravar mato e torna-las produtivas, durante muitos longos anos deram trabalho a muitos trabalhadores agrícolas desta terra. Com os dinheiros que foram realizando adquiriram prédios rústicos de plantio e outros de vinha… a situação da agricultura em geral foi-se agravando (como sabe) e o Mouchão do Inglês sofreu as consequências como tantas outras casas agrícolas…
Não é possível haver uma boa gestão de recursos quando há uma má gestão de politicas agrícolas…e isso a culpa é dos consecutivos politicam agrícola que os nossos governantes têm sido coniventes…
Os Seareiros (meloeiros) estão com dificuldades em escoar o seu produto, mas não são só os produtores de melão, quem produziu este ano batata teve dificuldade em escoar a batata e quem a vendeu foi a baixo custo…
Os produtores de tomate ainda não estão nesta situação devido a produção estar a ser “subsidiada” (RPU/DESLIGA) porque a partir de 2013 vão ficar na mesma situação…
Sr. Anónimo não se sirva do 25 de Abril e do que o 25 de Abril nos trouxe de bom para atacar os seus adversários políticos… faça politica seria….
Ha aqui pessoas que falam do que não sabem. O mouchao do ingles nunca foi ocupado. A cooperativa sempre pagou uma renda ao estado que é o dono daquelas terras.
E os que não são seareiros? Podem ir ao Mouchão do Inglês comprar produtos a preços simbólicos para ficar em igualdade de circunstâncias?
Os seareiros são gente que merece o respeito de todos. No entanto, há seareiros e seareiros...
Alguns houve que quando havia bons lucros, os guardavam e mais tarde os aplicavam na compra de terras. Esses hoje, não precisam de arrendar.
E, havia os outros...
Quando corria bem, compravam bons carros para eles e filhos, faziam casarões para mostrar que eram "ricos".
Como em tudo, a agricultura tem de ser vista como uma empresa.
Ninguém monta uma fábrica de chapéus de chuva e espera que lhos venham comprar. Tem de produzir, e ver se é rentável, e depois a fase mais importante é comercializar.
Tal como a tal fábrica de chapéus de chuva, haverá anos bons em que chove muito, e haverá maus em que predominará a seca. Os anos bons, terão de compensar os maus.
E, talvez o mais importante: Se há 1000 fábricas de chapéus de chuva e o mercado só comporta 100, essas 900 empresas terão de se reconverter, e ir produzir outra coisa mais vendável.
Um dos grandes males da agricultura portuguesa é, alguém "descobre" uma cultura que dá dinheiro, e no ano seguinte haverá milhares de agricultores a degladiar-se e a matar a galinha dos ovos de ouro. Foi assim com os pêssegos, foi assim com os morangos e provavelmente os melões não fogem à regra.
3 bons comentários e todos com razão.
É uma tristeza que o fulano que escreveu o post esteja tão enraivecido com o 25 de Abril.
Ele até deve pensar que em Portugal, na Europa e Mundo só existe Alpiarça e só aqui se ocuparam terras e só aqui se apoderaram do que não era deles.
Mas realmente o Mouchão é um mau exemplo porque ninguém roubou as terras, sobre má gestão é outra conversa.
Este anónimo e outro anterior quando falam das ocupações e do controle da câmara e das cooperativas pelo PCP diz algumas verdades, mas não se esqueça nem faça vista grossa da actualidade.
Veja quem são os verdadeiros herdeiros de José Relvas e quem está a mamar chorudos ordenados e boas reformas, quando os idosos pobres de Alpiarça não têm cabidela no «Asilo».
Será que só a seguir ao 25 de Abril se roubou e se ocupou, na actualidade ninguém rouba nem está a tirar dividendos das coisas do António Duarte, do João Duarte do Correia da Silva?
Em Alpiarça não há SANTOS, a teta da vaca vai é secar e não chega para tantos mamões...
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